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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

COMO CRIAR COLEIROS


Apresentação
A

Continuando na linha de bem informar o leitor e na seqüência de dicas sobre a criação dos principais pássaros canoros brasileiros, não poderíamos deixar de mencionar a criação do Coleiro.

Sem dúvida, é o mais popular dos pássaros brasileiros, como disse o amigo Epaminondas Jr. em seu artigo no Jornal do CUBIVALE N. 11. Seu tamanho diminuto facilita o manejo. É a maior paixão de crianças que gostam de pássaros. Esse lindo passarinho cantador é quase sempre o primeiro tipo de pupilo dos passarinheiros. Foi o meu primeiro, quando tinha 6 a 7 anos, lá pela minha Manhuaçu. Havia centenas deles por perto de minha casa. Hoje bem mais escasso, mas ainda é, certamente, o que existe em maior número pelo Brasil afora. Conhece-se, pelo menos, quatro formas diferentes: o coleiro de gola e do peito branco, o Sporophila caerulescens caerulescens; o cabeça preta do peito amarelo, o Sporophila nigricollis nigricollis; o de gola e do peito amarelo, o Sporophila caerulescens hellmayri. 

Há ainda citações sobre o Sporophila ardesiaca e o Sporophila melanops, como Coleiro mineiro e Coleiro de Goiás, respectivamente. Sobre o cabeça preta do peito branco não há uma clara definição sobre o nome científico É preciso mais clareza dos técnicos e dos livros existentes sobre a questão para se ter a certeza sobre o nome correto. É difícil, também, é conhecer as fêmeas de cada um deles, são idênticas. O mais comum é o de gola, coleira e de peito branco, o de dupla coleira - e é aquele que mais se cultiva, o espécie típica. Afirmam os mais entendidos que é o mais valente e cantador. Conhecido também como: Coleirinha, Coleirinho, Papa-Capim, Coleira - Coleiro Laranjeira e Papa-Arroz - é um pássaro de porte pequeno, 11 cm de comprimento, envergadura 17 cm, com 14 penas grandes em cada asa. De cor preta chamuscada na cabeça e costas; abdome branco ou amarelo; mosca branca nas asas; garganta preta em cima de uma gola branca para ter logo abaixo uma coleira de um preto bastante intenso. Os olhos enegrecidos são circundados com pequenas penas claras, formando um gatinho. Bico é delicado e possui tons amarelados, cor de laranja. Há um marcante dimorfismo sexual: a fêmea tem a cor diferente do macho. Ela é parda, castanho claro, a mesma cor dos machos jovens que vão gradativamente se tornando pretos, e já procriam pardos com a idade de 7/8 meses. 

Distribui-se por grande parte do Brasil, especialmente o Centro-Sul e países limítrofes. Na natureza, costuma procriar entre os meses de novembro e março.

Preferem as beiradas de matas, pomares, pastos, brejos, capoeiras e praças das cidades. É um pássaro territorialista, isto é, quando está chocando demarca uma área geográfica em torno do ninho onde o casal não admite a presença de outras aves da espécie. Canta muito e assim delimita seu território. Quando não estão na época da reprodução, contudo, podem ser vistos em pequenos grupos junto com os filhotes. Estão sempre à procura de alimentos, tipo semente de capim verde. Para isso, agarram-se aos finos talos dos cachos para poderem se alimentar; são especialistas nisso. Embora o braquiária, seja um capim exótico, apreciam muito sua semente e ele tem ajudado muito como alimento. Nos meses de julho e agosto costumam se juntar em grandes bandos, especialmente nos anos de seca prolongada. Nessas ocasiões, o fogo costuma destruir os capinzais fazendo com que os nossos queridos pássaros desesperados e famintos procurem os locais onde possam encontrar comida, muitas vezes até no interior das cidades. 

Seu canto é simples, melodioso e a frase musical tem, em geral, poucas notas; entre cinco ou dez. Não repetem o canto, mas retomam muito rápido em alguns casos um a dois segundos de espaço entre um canto e outro. Existe uma infinidade de dialetos; na verdade, cada ecossistema possui um próprio. Todavia, há alguns que são mais apreciados e cultivados pelos criadores. São eles: o tuí-tuí-zero-zero ou tuí-tuí-zel-zel (o mais comum), exemplo desse canto está na fita do Cabrito; já nos cantos mais sofisticados, considerados clássicos, o Coleiro emite a terceira nota, assim: tuí-tuí-grom-grom -grom-ze-ze-zel-zel-zell ou tuí-tuí-tcho-tcho-tcho-tchá-tchá-tchaá e outras variações, para frases bem parecidas. A diferença está apenas no entendimento e na interpretação de segmentos de criadores nas nomenclaturas onomatopéicas das notas. Exemplo desse tipo de canto são as gravações dos Coleiros Mirante e Capricho. Em ambientes domésticos a característica principal do Coleiro é gostar de passear e de ser submetido a muita lida, isto é, quanto mais manuseado (mexido) mais canta. E seu desempenho nos torneios de canto e fibra está em relação direta com a dedicação que seu dono lhe dispensa. Depende muito disso. É, todavia, de fácil entrosamento e fica muito manso com um pouco de carinho. Em suma, o Coleiro é uma ave muito apreciada por todos os segmentos de passarinheiros e para vários objetivos, especialmente os torneios de canto.  

GENÉTICA

Prefira casais que já tenham produzido bons resultados ou que pelo menos sejam descendentes, ascendentes, irmãos ou irmãs de coleiros que tenham se destacado. Após longos estudos , cheguei a seguinte conclusão, é impossível criar um coleiro campeão sem um estudo profundo de sua: genética, fenótipo e comportamento, pois é, só assim que conseguimos traçar mapas de reprodução.


Comece com bases sólidas, só assim, no decorrer dos anos você terá uma linhagem definida, não obstante casais que não tenham nenhum padrão genético reproduzam bons filhotes, isto é exceção!


O coleiro aprende a cantar após o nascimento, ou seja o tipo de canto do coleiro nao é passado geneticamente. Assim filho de um excelente Coleiro pode aprender a cantar um canto defeituoso, bem como o filho de um Ccoleiro com canto defeituoso pode aprender a cantar com perfeição desde que, ele nunca ouça o pai nem qualquer outro canto defeituoso, nem sequer por 5 minutos. Lembre-se que os pássaros ouvem cerca de 10 vezes mais do que nós, e, dependendo do local, são capazes de ouvir outro coleiro à 100 metros de distância ou até mais, por isso os cuidados no local de criação são muitos.

PROCESSO DE CRIAÇÃO


No minimo 60% da responsabilidade no sucesso da formação de um Ccpleiro de alta qualidade depende do criador, entre outros motivos porque cientificamente as bases do futuro canto são aprendidas principalmente entre o terceiro e o décimo sétimo dia de vida. Os 40% restante divide-se em genética e saúde.Nesta fase, ouvir as fêmeas solteiras, outros filhotes, pequenos defeitos em qualquer cantada do pai ou qualquer outro Ccoleiro, mesmo que, ao mesmo tempo esteja ouvindo a fita ou disco ou CD para o aprendizado, poderá influenciar o filhote de forma negativa e irreversível por toda vida. Quem quiser criar Coleiros de alta qualidade deve contar com 4 ambientes suficientemente distantes ou isolados acusticamente:
      Um ambiente para o macho galador (o macho só deve ser trazido para galar as fêmeas mesmo que seu canto seja perfeito).
      Outro ambiente paras as fêmeas solteiras (sabe-se que muitas fêmeas não galadas cantam e mesmo as que parecem não cantar, costumam faze-lo bem cedinho, pouco antes de amanhecer), pois o canto das fêmeas poderá afetar o canto do filhote.
      Outro ambiente onde ficarão as fêmeas galadas, chocando e criando os filhotes.
      Outro ambiente para os filhotes “desmamados”.

Período da "Muda"


O período da "muda" inicia-se no mês de abril (com variações conforme a região brasileira), ocasião na qual o criador prepara os casais reprodutores para o chamado "ciclo reprodutivo", cujo sucesso dependerá primordialmente desta fase.
As fêmeas deverão estar dispostas e acomodadas de maneira que possam estar visualmente próximas, de forma que se observem, umas as outras, salientando que, em sendo assim, as gaiolas deverão estar sem a proteção das capas ou divisórias.
Observa-se que este procedimento é aplicável tanto na criação comercial quanto na doméstica.
Este processo busca uma aproximação bastante coerente ao modelo do
seu "habitat" natural, onde, nesta época da "muda", esta espécie em liberdade,aglomera-se sabiamente em verdadeiras colônias, no sentido da busca à proteção, considerando ser período de inverno.

Medicação Preventiva


Logo no início da 'muda", administra-se 3 gotas de "Ferro-SM" em 50 ml de água, por um período de 15 dias consecutivos, adotando-se, após esse período, um intervalo de 7 dias e, na seqüência, retornando à dose inicial
por um período de mais 7 dias.
Após esta profilaxia, as fêmeas deverão estar na fase "seca da muda". Assim, entrarão em descanso por 15 dias e, a seguir, receberão o "Aminosol" por um período de 10 dias consecutivos, na dose de 4 a 5 gotas adicionadas no bebedouro de 50 ml.
A critério individual, o "Aminosol", poderá ser administrado ainda na "farinhada", na dose de duas colheres (sopa) rasas, para cada 1 kg da mistura desejada.
Após a "seca da muda" -; fase que normalmente ocorre no final de maio - início de junho, procede-se a novos cuidados preventivos profiláticos. 

COMO MELHORAR A SAÚDE E A RESISTÊNCIA DAS FÊMEAS

Em maio/junho, após terminarem a muda de penas, as fêmeas poderão ser soltas, todas juntas, num grande viveiro, parcialmente coberto ou que possa ser coberto todas as noites para que fiquem expostas às variações da natureza tais como: sol, chuva, vento, calor, etc.…Isto reativará ou aumentará a resistência natural das fêmeas, fortalecendo-as para o próximo período de postura e parte desta melhora na saúde, será transmitida geneticamente para os filhotes.



Julho

É a fase ideal para se vermifugar o plantel, utilizando-se 2 gotas de IVOMEC-POUR-ON, na coxa do lado externo do pássaro.  Importante enfatizar que, com este procedimento estaremos também vacinando contra ácaros de pena, bico e traquéia.Durante 03 dias o pássaro não pode ser molhado ( sem banho nestes dias).
                                                            
Agosto

Normalmente neste mês inicia-se o período da reprodução para a maioria das aves; oportunidade na qual deve-se proceder a assepsia das gaiolas com o produto "KILOL" (ou assemelhado), no caso específico das gaiolas de madeira. Quanto às gaiolas de arame, o procedimento deverá ocorrer no forno, a uma temperatura mínima de 100º C, por um período nunca inferior a 10 minutos.

Aqueles criadores que se utilizam de gaiolas de madeira, deverão estar atentos às tão indesejáveis infestações de àcaros, piolhos , bem como a proliferação de doenças infecto-contagiosas.

Face ao exposto, o sucesso de uma criação depende fundamentalmente de um ambiente corretamente higienizado, onde se pratica a limpeza constante dos excrementos fecais, evitando-se rigorosamente a utilização de "jornal" para a forração do piso das gaiolas, e praticando a troca diária da água, não obstante ainda estar atento à renovação frequente -; duas a três vezes ao dia, daqueles alimentos que se deterioram com maior facilidade, como por exemplo o ovo de galinha.
Portanto, há de ressaltar aqui que, um bom programa de higiene deve fazer parte do cronograma diário de atividades do criador.
Cumprido o programa acima, coloca-se as fêmeas em gaiolas individuais, bem como os respectivos ninhos, evitando encostá-los junto a paredes pois, segundo observações próprias, podemos afirmar que dificilmente ela irá chocar. Prevalecerá neste caso, o seu instinto defensivo, pois transitam por ali, dia e noite, toda sorte de animais artrópodes, da classe dos insetos, tais como baratas, formigas, besouros, aracnídeos, repteis lacertílios (lagartixas), os quais irão perturbar a tranquilidade da ave.
Devemos incentivar as fêmeas, no seu instinto sexual, colocando a seu alcance, raízes de capim "rabo de burro", cuja palha é muito apreciada  algumas até completam com elas o seu ninho.      
Observa-se que jamais deverão ser ofertados, em hipótese alguma barbantes, pois, se ingeridos, será fatal.
Associada a esta técnica, deve-se administrar vitamina "E ", pois, como sabemos, trata-se da vitamina da fertilidade.

      

Agosto/Setembro                                  

Final de agosto e mês de setembro é o período no qual se incia a "cobertura".
Nesta fase, principalmente pela manhã, coloca-se a palha e deixa-se o macho "cantar" para a fêmea, sem contudo tirar a divisória entre as gaiolas.
Isto posto, uma boa técnica é despertar a curiosidade de ambos, abrindo a divisória lenta e gradualmente, sem retirá-la completamente e de uma só vez.
Seguro de que a fêmea pedirá "gala" e, após 10 a 25 minutos de observação, será feita a retirada literal da divisória, considerando que os dois passadores já estarão abertos.
Ocorrendo a "cobertura", deve-se repetir os mesmos procedimentos no dia seguinte.
Entre 2 e 4 dias a fêmea colocará o primeiro ovo, geralmente chocando-o.
No sexto dia de choco deverá ser feita a "ovoscopia", colocando-se o ovinho entre os dedos indicador e polegar, em forma de círculo, com leve pressão entre os dedos, posicionando-o à frente de uma lâmpada. Com pouca prática logo será observada a diferença existente entre um ovo "galado", comparativamente a outro que esteja sem "gala" ou "ovo branco" que, como o próprio nome indica, este ovo, se confrontado à luminosidade de uma lâmpada, estará totalmente branco, enquanto que o outro apresentará em seu núcleo, estrias avermelhadas ou sanguinolentas.


Nascimento dos filhotes


Durante as 12 horas iniciais, as fêmeas costumam apenas aquecê-los, raramente saindo dos seus ninhos. Nesta primeira fase, deverá ser adotada uma vigilância constante, observando inclusive se os filhotes estão sendo alimentados e com que freqüência, socorrendo-os, se for o caso, com uma alimentação adicional como papinhas, hoje disponíveis no mercado. Uma boa papinha pode ser conseguida juntando ovo cozido e alpiste bem triturado, que poderá ser preparada no liquidificador doméstico.
Observa-se que muitas fêmeas, sendo ajudadas na alimentação de seus filhotes, geralmente se revelam ótimas criadeiras.
Para se constatar a saúde dos filhotes, uma boa prática é um leve toque no ninho. Estando em gozo de plena saúde, eles abrirão o bico gananciosamente. Caso contrário algo estará errado e, nestes casos específicos, verificar se estão com diarréia ou fungos localizados na parte interna do bico. No primeiro caso, corrigi-se com Terramicina 77( 01 grama para 50 ml de água) e, no segundo, com Nistatina(genérico)-uso humano( 01 gota diretamente no bico ou 05 gotas em 50ml de água).
Até sair do ninho, deve-se verificar ,também, se o filhote tem comida no papo, bem como se as suas fezes estão envoltas numa membrana e se a fêmea as retira dali sem dificuldades. Caso contrário o filhote provavelmente estará diarréico.
Observa-se que, de 11 a 13 dias os filhotes normalmente saem dos ninhos. Assim, necessário se torna que sejam monitorados, considerando
que não obtenham êxito naquele primeiro momento, face à natural insegurança pelo fato de ,conjuntamente, abrir o bico e equilibrar-se .
Assim, caso isso ocorra, deverá ser auxiliado pelo menos três vezes ao dia, recebendo manualmente a papinha até que a mãe volte a alimentá-lo.
O ninho, tipo taça, tem as seguintes dimensões: 6cm de diâmetro X 4 cm de profundidade, e será colocado pelo lado de dentro da gaiola. Pode ser feito de bucha ( Luffa cylindrica) por cima de uma armação de arame. Para estimular a fêmea prender raiz de capim ou fiapos de casca de coco, assim ela cobrirá o ninho com estes materiais. O número de ovos de cada postura é quase sempre 2.



Cada fêmea choca 3/4 vezes por ano, podendo tirar até 8 filhotes por temporada. As coleiras podem ficar bem próximas umas das outras separadas por uma divisão de tábua ou plástico, mas não podem se ver, de forma alguma. Senão, matam os filhotes ou interrompem o processo do choco, se isto acontecer.  



Alimentação

ALIMENTAÇÃO DOS FILHOTES

Não se usa mais alimentar os filhotes com larvas, aranhas, cupins, etc. para facilitar a vida do criador e melhorar à saúde dos filhotes utiliza-se a ração própria, que é vendida a preço acessível em baldes, próprios para criadores. As fêmeas poderão ser acostumadas com esta alimentação após a mudas de penas, suspendendo qualquer outra alimentação e misturado a gema de ovo ralada à ração para que fique mais úmida e mais ao gosto das fêmeas. Os filhotes do próximo ano e portanto as novas fêmeas já nascerão habituadas à nova alimentação que deverá ser oferecidas com mais uma opção à todos os coleiros

Outros alimentos são os cupins, pão molhado em água e milho verde, além das misturas para pássaros, alpiste e painço, ovo (clara e gema) cozido.
A alimentação dos filhotes deve ser deixado por conta das mães. Você não deve colocar o alimento diretamente no ninho dos filhotes mas sim deixar que os pais façam isso. Nesse momento é importante observar os cuidados que eles dispensam aos filhotes. Deixar a disposição da mãe os alimentos de matrizes
Tome cuidado ao comprar verduras, tenha certeza de que não foi passado inseticida na plantação e se estão estragadas. As verduras (almeirão, chicória, espinafre, catalonia) e legumes ( jiló) poderão ser dados ocasionalmente durante todas as fases da criação. O grande cuidado a se tomar são com as verduras, pois deverão ser bem lavadas e colocadas pôr 30 minuto em uma solução de água (98%) e vinagre (2%). Evite alface e salsa.
A alimentação básica deve ser de grãos, notadamente o alpiste 50%, painço amarelo 30%, senha 10%, niger 10%, acrescentar periodicamente o painço português legítimo. É salutar que de disponibilize, também, ração de codorna misturada a 50% com milharina adicionando Mold-Zap® à base de 1 gr. por quilo. Dois dias por semana administrar polivitamínico tipo Orosol®, Rovisol® ou Protovit®, este à base de 2 gotas para 50ml d'água. Já sua alimentação especial para a fase de reprodução deverá ser a seguinte. Quando houver filhotes no ninho, em uma vasilha separada, colocar 3 vezes ao dia, farinhada assim preparada: 6 partes de milharina, 1 parte de farelo de soja torrado,/ 1 parte de germe de trigo, / premix F1 da Nutrivet® (4 colheres de sopa para 1 quilo), / sal 2 gr. por quilo, / Mold-Zap® 1 gr. por quilo, / Mycosorb® 2 gr. por quilo. Após tudo isso estar muito bem misturado, coloque na hora de servir uma gema de ovo cozido e uma colher cheia de "aminosol®" para uma colher bem cheia de farinhada. Dá-se larvas, utilizando a chamada "praga da granja"; (tipo de Tenébrio molitor, em miniatura, muito comum em granjas de avicultura industrial), é a melhor e tem mais digestibilidade. Essa larva é diminuta e condizente com o tamanho do bico do Coleiro. Oferecer até o filhote sair do ninho.

É bom, também, colocar sempre à disposição das aves "farinha de ostra" batida com areia esterilizada e sal mineral (tipo aminopan®). Outra questão importante diz respeito ao lugar adequado para que eles possam exercer a procriação. Esse local deve ser claro, arejado e sem correntes de vento. A temperatura ideal deve ficar na faixa de 25 a 35 graus Celsius e umidade relativa entre 40 e 60%.  
 
 
Incubadora - auxiliar na reprodução.


Quanto à sexagem é muito difícil nos filhotes de 2 a 3 meses; a única maneira segura será através do DNA; já há tecnologia para se fazer este tipo de sexagem,em laboratórios especializados. Outro método  é a observação que se pode fazer traçando uma linha  reta passando por baixo do bico de cima em direção dos olhos, dizem  que no macho ela passará por baixo do olho e na fêmea irá de encontro com o centro da cavidade ocular.  Dizem, também, que o pássaro macho, ainda no ninho,  tem a largura das costas mais estreita do que da fêmea.

Separação


A separação literal ocorre entre 33 e 35 dias. Há de se observar se o filhote está realmente alimentando-se em sua nova morada.
É importantíssimo que sejam mantidas as mesmas disposições dos apetrechos da morada anterior, tais como comedouros e bebedouros, os quais deverão obedecer a mesma padronagem e cor, evitando-se mudanças radicais as quais causarão estranheza.
O período de separação, por ser crucial, em alguns casos podem ser inclusive traumáticos. Para evitar-se o "stress", aconselha-se manter irmãos da mesma ninhada na mesma gaiola, até que se tenha absoluta certeza de que estão competentemente alimentando-se sozinhos. Registre-se que há casos de filhotes que não se conformam com a separação e piam copiosamente.
Nestes casos, retorne-os às gaiolas de suas respectivas mães por mais alguns dias.
No caso de filhotes destinados à venda, adota-se o mesmo critério quanto ao tipo e cor de bebedouros e comedouros pelas razões acima descritas.
Temos observado que filhotes cujas mães alimentam-se com ração extrusada, mesmo quando na proporção de 50% com grãos de sementes, a separação pode ocorrer antes do prazo normalmente considerado ( 33 a 35 dias). Isto porque os extrusados são bem mais macios e menos rígidos que os grãos de sementes, ficando mais fácil a absorção da alimentação pelo filhote .

VALORIZAÇÃO DOS FILHOTES

QUANTO AO PAI: Como a preferência dos criadores mais e mais tem sido por que a característica é transmitida geneticamente pelos machos adultos, parece lógico que o criador deve preferencialmente possuir um macho galador, mesmo que o canto seja de baixa qualidade (lembre-se que o macho só deve ser trazido para o ambiente das fêmeas para galar e após levado para a outra casa distante o suficiente para nunca ser ouvidos pelos filhotes). É interessante para o criador que o macho galador tenham mais de 4 anos de idade.


QUANTO À MÃE: é interessante o criador possuir fêmeas de origem e genética comprovadas e nunca fêmeas silvestres  (cada macho normalmente tem condições de acasalar-se com até 05 que:

         Sejam mães de coleiros com ótimas voz.
                  Netas ou bisnetas, avós, bisavós e outros graus de parentesco de coleiros e com ótima voz.
            Utilizar um macho de excelente qualidade, de preferência um campeoníssimo, para 5 fêmeas. Nunca deixá-lo junto pois ele quase sempre prejudica o processo de reprodução, e mata os filhotes. O melhor, é colocá-lo para galar e imediatamente afastá-lo da fêmea. O filhote nasce aos treze dias depois de a fêmea deitar e sai do ninho também aos treze dias de idade e pode ser separado da mãe com 35 dias. Com 8 meses, ainda pardos, já poderão procriar. As anilhas serão colocadas do 7O ao 10o dia, com anilha 2,3 mm de diâmetro - bitola 1 a ser adquirida do Clube onde seja sócio. Pode-se trocar os ovos e os filhotes de mãe quando estão no ninho. Fundamental, porém, é que se tenha todo o cuidado com a higiene. Lembremos que os fungos, a coccidiose e as bactérias são os maiores inimigos da criação, e têm as suas ocorrências inversamente relacionadas com a higiene dispensada ao criadouro.   


OBS: Alguns criadores experientes anualmente adquirem machos e fêmeas de outros criadores, a fim de, aprimorar sua genética e evitar a consangüinidade.


A FITA, CD OU DISCO

Todo criador deve tocar a fita, CD ou disco da modalidade de canto de sua preferência. Também é imprescindível o aparelho de som estar conectado com um TIMER possibilitando um melhor controle do tempo de funcionamento do aparelho e evitando, assim o Strees do som intermitente e preservando a vida útil do aparelho. Lembre-se que quando entramos em um local com som ambiente, à princípio percebemos o som e após algum tempo, não notamos mais. O tempo de silêncio serve para que o Coleiro volte a perceber o canto quando a fita voltar a tocar. Para diminuir a possibilidade dos Coleiros ouvirem algum outro canto que lhes estrague o aprendizado, recomenda-se que se ouça rádio, TV ou qualquer outro som ininterruptamente, de manhã até à noite.


Tudo isto também vale para os educadores do filhote e deverá ser usado por toda a sua vida, para que queiram manter um coleiro de qualidade. Procure informações com grandes criadores, pois eles tem montagens de canto próprio para ensinar os filhotes. Evite as fitas comercias, elas voltadas são para divulgação do canto e não para aprendizagem dos filhotes. Caso a pessoa possua um coleiro mestre, o desgaste no aprendizado dos filhotes será bem menor, pois o filhote sempre dá preferência a um canto ao vivo e original do que a um som gravado. Deve-se deixar o mestre cantar para o filhote e nunca o filhote cantar para o mestre, cuidado para sobrecarregar o mestre com muitos filhotes.


3.PROCESSO DE EDUCAÇÃO DOS FILHOTES

São 3 os estágios de aprendizado:

1.Engriza ou churria

2.Marcar notas

3.Assobia


Tão logo o filhote aprenda comer sozinho, ele dever ser colocado na sua gaiola (preferia gaiola núm. 5, que possibilita ao pássaro mais espaço para voar e não apenas pular com nas gaiolas menores, facilitando a capacidade pulmonar e portanto de cantar e repetir) e levado para um ambiente onde ouça unicamente a fita, Cd ou disco (lembre-se que dificilmente encontramos um mestre que vez por outra não apresente alguma falha e, como as crianças, o Coleiro aprenderá mais facilmente as “besteiras”).

Recomenda-se nos primeiros 30 dias após o “desmame” ou até começarem a marcar notas, tocar de 30 em 30 minutas a fita, CD ou disco facilitando assim o aprendizado do beaba do canto Clássico. Quando ele começar a marcar notas (uma espécie de churriado porém com “altos” e “baixos”) pode-se ficar à distância ou gravar a marcação de notas dele para depois ouvir, analisar e tentar detectar quais as notas que faltam. Lembre-se que ele deve aprender o canto clássico .
Caso o educador tenha mais pardos, o filhote que começar a marcar nota deve ser deixado longe dos demais que ainda estão churriando, porque senão os demais “amarrarão” a sua evolução. Isto se deve ao fato  de que todos os Coleiros tende à ir para o canto mais fácil e neste caso, permanecer churriando, é mais fácil do que marcar notas.


Neste período ele não deve ser tirado de casa, nem colocado na janela, nem estimulado a cantar, nem passear de carro nem mesmo para mostra suas qualidades para os amigos. Este é um período critico e, mesmo colocá-lo na janela de casa pode estimulá-lo a cantar muito cedo e portanto facilitando a imperfeiçao.


Também não se deve usar a capa para calar o coleiro basta usar o controle das cortinas de casa para mantê-lo em local não muito escuro, nem muito iluminado

AMBIENTE

Não é recomendável deixar o Coleiro em cozinhas, banheiros ou outros locais revestido com azulejos porque tenderão a cantar com voz metalizada e /ou estridente, devido as característica de não absorção do som e produção do eco. Devemos também preferir ambientes com móveis, cortinas, tapetes etc.… que “suavizarão” o som ouvido e portanto aprendido pelo coleiro.


Como o som se propaga de baixo para cima (note que se ouve muito mais os sons do apartamento abaixo do seu do que está acima do seu), ricocheteando nas paredes. É recomendável que as caixas acústicas estejam o mais próximo possível do piso (no máximo à 50 cm do chão) e o alto falante não deve ser direcionado diretamente para gaiola.


Quanto ao volume (altura) do som, recomendo que esteja cerca de um terço do volume normal que um Coleiro mestre estaria cantando. O ambiente deverá possibilitar ainda que o Coleiro acorde e adormeça nos horários da natureza (não é bom fazer o Coleiro dormir após o anoitecer ou deixá-lo em local onde haja TV ligada, pessoas falando e etc.…)

Uma célula fotossensora no aparelho de som é muito útil. Porque o Coleiro acorda ao amanhecer, o som automaticamente será ligado e ao contrário se desligará ao anoitecer , quando o pássaro for dormir.

MUDA DE PARDO

Após cerca de 4 meses a partir do seu nascimento, o filhote fará uma muda rápida de penas que chamamos muda de pardo. As mudas de penas anuais ocorrerão então mais ou menos 12 meses à partir desta muda de pardo. Após a muda de pardo, o Coleiro deverá ser colocado na voadeira por 20 dias, para que possa voltar ao seu estado atlético, já que na muda o coleiro passa por um processo de letargia e após este período levá-lo para passear. Se não for possível levá-lo passear, deixá-lo dentro do carro por algum tempo ajudará no seu desenvolvimento (não esqueça de deixá-lo à sombra e com boa ventilação). Quanto mais se “mexer”com o Coleiro, mudando-o constantemente de um ambiente para outro, melhor.


COLEIRO PRETO

Após ficar completamente preto, o Coleiro poderá ao melhorar significativamente o seu canto e mesmo assim, tendo aprendido um canto eletronicamente, ele poderá a perder gradualmente algumas notas do seu canto.

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QUANDO FOR TROCADA A FITA OU CD

Por diversas razões, às vezes o criador pode querer trocar a fita, se após a mudança, o coleiro começar a “cortar” o canto e continuar assim até o 2/3 dia, deve-se voltar a fita anterior porque, por alguma razão, o coleiro não aceitou a nova fita.


GRAVANDO O PRÓPRIO COLEIRO PARA ELE MESMO OUVIR

Por alguma razão, ainda não compreendida por nós, todas as tentativas de gravar o canto determinado coleiro para ele mesmo ouvir, tem sido desastrosa. Mesmo quando canta perfeito, o coleiro ao ouvir uma fita dele próprio, vai perdendo gradualmente a qualidade do seu canto porem, a fita do canto de seu coleiro poderá ser tocada para ensinar outro curió e Ter o mesmo efeito das fitas comerciais ou até melhor tudo depende da qualidade do canto de seu coleiro assim como da gravação (consulte um juiz de canto).


LEMBRETE: quem quiser manter coleiros com qualidade de canto não  deve ter outros pássaros



                                                                                  



O enigma do aprendizado

Canto

Se o criador amigo observar bem, vai notar que:

Quando usamos o coleiro apenas para galar, a fêmea, nas madrugadas, cantam na beira do ninho fazendo o papel do pai, e os filhotes acabam assimilando o seu canto. Isto ocorre com a maioria das fêmeas mais fogosas, e de boa qualidade, produto da seleção natural que o próprio criador faz.. No mato, o macho fica no galho próximo ao ninho, cantando para os seus filhotes.



Reprodução:

Os machos possuem uma coloração preta com o ventre branco e uma mancha branca em cada asa. Já as fêmeas são amarronzadas com o ventre pardo.

Os Coleiros já estão prontos para a reprodução após um ano de idade. O período de acasalamento inicia-se no final do inverno e dura até o término do verão. A média de ovos é de dois por postura e a eclosão ocorre cerca de 13 dias após a postura. Passados 30 dias do nascimento, os filhotes já estão prontos para sair do ninho. Os ninhos mais recomendados são feitos de bucha e são semelhantes aos dos curiós . Material para confecção do ninho, como barbantes, estopa e a própria bucha, devem ser deixados à disposição da fêmea durante o período de reprodução.


Manutenção:

As Gaiolas para os Coleiros devem ter no mínimo 45 cm de comprimento, 30 cm de altura e 30 cm de largura. Devem conter um comedouro e um bebedouro de fácil remoção para a limpeza. Os Coleiros gostam de tomar banho, então o uso de uma banheira plástica pela manhã se faz necessário. A limpeza regular é outro fator importante para a saúde destes pássaros. O sol também é muito importante, principalmente durante o começo da manhã e também no final da tarde. Mantenha a gaiola em um local seguro e abrigado de correntes de vento.

Vitaminas

As vitaminas são muito importante para os pássaros, mas ela precisa ser complementada com proteínas e sais minerais.

Vitamina "A": Auxilia no crescimento e é indispensável para o organismo defendendo escorbuto e protegendo a epiderme, é encontrada no pepino, na gema de ovo e na cenoura
Vitamina "B": (B1, B2, B6 e B12) ajuda no desenvolvimento dos filhotes e fortalece os nervos, é encontrada no pão, couve, cenouras e gema de ovo.
Vitamina "C": Dá boa condição ao sangue e é preventivo contra moléstia da pele, é encontrada no tomate, laranja e limão.
Vitamina "D": A falta desta vitamina causa raquitismo, é encontrada nos raios solares, na gema de ovo e no leite (apenas em tratamento).
Vitamina "E": Proporciona vigor mental e também estimula e fertiliza os pássaros, é encontrada no germe do trigo, amendoim, agrião e flocos de aveia.
Amido, açucares e gorduras: Não são muito importante para os pássaros, proporciona energia e bom sono, é encontrada na farinha e na gema de ovo.
Proteínas: necessária para o crescimento e para manter bem os ossos, a pele e o sangue. Ajuda para evitar doenças, é encontrada no leite, ovos, pão, cereais, carne (Tenébrio Molitor)
Cálcio: Para formar os ossos, coagular o sangue, regular a pulsação, contrair e relaxar os músculos, é encontrado no almeirão, na casca de ovo e no osso de Siba.
Ferro: Para produzir sangue e outras células, é encontrado na carne (Tenébrio Molitor), no almeirão e agrião.
Iodo: Importante durante a adolescência e o período de postura, é encontrado no agrião e couve.
Fósforo: Ajuda as funções do cérebro e do sistema nervoso, é encontrado na carne (Tenébrio Molitor), ovos e trigo.


DOENÇAS

Como todas as aves o ccoleiro esta sujeito a doenças, conheça as mais comuns nessa ave:

Canibalismo: É o vício dos pássaros bicarem uns aos outros, comer pena, causando ferimentos, que às vezes leva até a morte.

Coccídeos: É uma doenças parasitárias causadas por protozoários da ordem Coccidia.

Diarréia: Uma doença comum nos pássaros em que o mesmo evacua freqüentemente (liquido abundante).

Gripe Coriza ou Resfriado: Os pássaros são atacados nas vias respiratórias perdendo o apetite, dormindo constantemente e parando de cantar.

Sarna: Esta doença é causada por um parasita que deixa as pernas dos pássaros mais grossas e infeccionadas.

Verminose: É causada pela má higiene na gaiola, seus sintomas são: diarréia, fraqueza, tristeza.


DOENÇAS E PREVENÇÕES

PERDA DE VOZ - ROUQUIDÃO
As aves têm um órgão fonador chamado siringe, que é encontrada na bifurcação da traquéia em brônquios primários. Quando a ave tem rouquidão é porque alguma coisa nasce nesse local, impedindo-a de liberar o som com todas as variações. Pode ser uma inflamação por ácaros, por viroses, por bactérias e mycoplasma etc.
Doença ocasionada por vairos motivos, entre eles pela conseqüência de um resfriado forte por exposição da ave a corrente de vento ou comida gelada, alem de fungos suspensos e ambientes muito úmidos e por exposição a ar condicionado.
Os sintomas são: voz fanhosa, perda total da voz, respiração ofegante, chiado na respiração, um intermitente abre-fecha do bico e intensa dificuldade para respirar.
O diagnóstico é a simples observação do canto da ave e notar a evidente diferença para a voz normal.
A profilaxia é não expor o pássaro à corrente de vento, não sair com a ave nos dias em que estiver ventando muito, não permitir que cantem de forma exagerada, notadamente após os torneios, bem como fechar devidamente os vidros do automóvel nas viagens para passeios.
Alem disso, não colocar as gaiolas das aves em contato com paredes úmidas e mofadas, principalmente em banheiros, cozinhas e finalmente nunca manter aves debaixo de ar condicionado.
Como terapia, dependendo da causa, usam-se os remédios homeopáticos Alium-sativa, própolis, antibióticos e quimioterápicos,vitaminas etc.
Quando a doença estiver associada à dificuldade para respirar, ministrar antibiótico à base de cloranfenicol, eritromicina, norfloxacina e tilosina, que seria o tratamento para à base de cloranfenicol, eritromicina, norfloxacina e tilosina, que seria o tratamento para a DRC (doença respiratória crônica), mycoplasmose (melhor tratamento é a tilosina). É importante que se façam nebulizações diárias utilizando 4 ml de soro fisiológico e 4 ml de antibiótico à base de tilosina.
Para o ataque de ácaros, as soluções são inseticidas com piretrina e o medicamento ivermectin. Para o ataque de fungos, ministrar fungicida na água por até 15 dias.
Se for um macho muito cantador, é fundamental ainda que se obrigue a ave a parar de cantar colocando-se duas fêmeas frias uma de cada lado da gaiola a uma distância de dez centímetros. A verdade é que, infelizmente, quase sempre não se consegue a cura completa. A voz é prejudicada e a ave fica meio fanhosa para o resto da vida.
PSITACOSE
Doença de ocorrência comum em psitacídeos. Pode ocorres em outros pássaros.
Causa: Chlamydia psittaci
Sintomas: Diarréia esverdeada, sanguinolenta; corrimento nasal e ocular, dispnéia; fígado e baço aumentados com focos de necrose; sacos aéreos espessados.
Tratamento: Uso das tetracilinas.
Prevenção: Evitar a manutenção de psitacídeos próximo ao criatório. Quarentena com novos pássaros.

POLAINAS DE CASCA NOS PÉS E NAS PERNAS
Aparecem sob a forma de cascas, parecendo uma bota ou cobertura, que cobre os dedos e toda a canela das aves, dificultando a articulação, e pode levar à atrofia e à paralisia dos movimentos do pé.
É provocada por ataque de ácaros e pela falta de higiene e de banho. Quando é muito grave, chega a forçar e prender a movimentação do anilho, que terá que ser retirado imediatamente para evitar-se a gangrana.
Como profilaxia deve-se manter a gaiola o mais limpa possível, notadamente os poleiros, e propiciar condições para que a ave tome banho todos os dias.
Na terapia, uma única vez, usar-se como tratamento tópico o seguinte procedimento: colocar o pássaro no contentor e banhar em água morna os pés e as canelas, para amolecer as cascas. Após isso, passar pomada que contenha bastante óleo e friccionar levemente com os dedos as áreas atingidas, até que o material da polaina se desprenda. Tomar todo o cuidado para não forçar e na pressa arrancar a pele. Em seguida cortar as unhas, se necessário, e passar pomada desinfetante, antibiótica, fungicida e inseticida.
É importante também que se pulverize periodicamente a ave doente com solução de algum inseticida/fungicida direcionando o jato para os pés. 

Chamamos de Pevide à crosta que se forma na extremidade da língua de alguns pássaros, reflexo de uma inflamação que está associada a hipovitaminose.


PEVIDE
Pevide: Chamamos de Pevide à crosta que se forma na extremidade da língua de alguns pássaros, reflexo de uma inflamação que está associada a hipovitaminose.
 
Crosta retirada com auxílio de uma pinça
Causas: A principal causadora é carência de vitamina A.
Sintomas: O pássaro apresenta dificuldade para alimentar-se, abrindo e fechando o bico constantemente. O pássaro passa a se alimentar menos e emagrece.
Tratamento: Quando a crosta esta se soltando com relativa facilidade, o que ocorre na medida em que vai perdendo sua flexibilidade, poderá ser removida com uma pinça. A remoção da crosta facilitará a alimentação do pássaro.
No local deve ser passado um cotonete embebido em Nistatina solução oral, uma vez ao dia, durante uma semana.
Há estudos que apontam para uma associação de infestação parasitária com o surgimento da Pevide, embora essa seja conseqüência indireta. É indicado exame de fezes para identificação de infestações verminóticas e coccidiose.
Prevenção: Dieta equilibrada e controle verminótico do plantel

PEITO SECO
Peito seco não é propriamente uma doença, é sim, um sintoma.
A perda de massa corporal indica a incapacidade do organismo para aproveitar os nutrientes ingeridos. 
Causas: Várias são as causas possíveis, a mais comum é a coccidiose. Também as verminoses mais significativas poderão levar a perda de massa corporal.
Sintomas: A perda de massa corporal faz com que o osso do peito do pássaro tome a forma de facão (certo exagero). Esse é um sintoma apresentado em um estagio avançado da doença. Um criador atento a seus pássaros perceberá alterações de comportamento, apetite, disposição e volume de ingestão de líquidos muito antes do peito secar.
Tratamento: É altamente indicado um exame de fezes para definir o diagnostico e determinar o tratamento. Na impossibilidade, ministrar um medicamento para coccidiose imediatamente. Manter farinhada com prebióticos e probioticos e complexo vitamínico. Concluído o tratamento da coccidiose. Aguarde uma semana e faça uma vermifugação.
Prevenção: Higiene, equilíbrio da dieta, ministrar probióticos regularmente ao plantel e observar as aves, procurando identificar possíveis problemas sanitários antes que se configure o peito seco.

MYCOPLASMA

Os Mycoplasmas são os menores microorganismos de vida livre, diâmetro variando entre 100 e 300 nanômetros e comumente encontrados tanto em plantas como em animais, inclusive o humano. O Mycoplasma pneumoniae, nos anos 60, chegou ser confundido com os vírus e foi chamado agente Eaton. A extrema pequenez do genoma limita muito a capacidade de biossíntese, o que, explica as difíceis exigências nutricionais para o seu cultivo em laboratório e a necessidade de ter existência parasítica(vivem às custas de outros seres vivos. Sólon, um dos sete grandes pensadores gregos, chamou de parasita o freqüentador assíduo dos banquetes oficiais. É, amigos, puxa-sacos e sócios do erário público existem há muito tempo) ou saprófita (vivem sobre outros seres vivos sem os prejudicar). Dependem, para a sobrevivência, da ligação às células dos hospedeiros para na busca de precursores essenciais como ácidos gordurosos, nucleotídeos, aminoácidos e esteróis. 
Por não terem parede celular, sendo contornados somente por três membranas, apresentam como propriedades biológicas mais importantes a resistência aos antibióticos betalactâmicos (antibióticos, como as penicilinas e as cefalosporinas, que possuem na sua fórmula o anel betalactâmico e agem destruindo a parede celular da bactéria. A bacitracina, por agir da mesma maneira, também sofre a resistência dos Mycoplasmas) e grande pleomorfismo (capacidade de apresentarem-se de diversas formas, como cocos, bastonetes e anelar dependendo do meio em que se desenvolvem). 
Por não produzirem ácido fólico, também são resistentes às sulfonamidas e à trimetoprima. A ausência da parede também os torna sensíveis a fatores externos: sobrevivem apenas por poucas horas em superfícies secas e durante dois a quatro dias na água e, muito bom para os criadores, são pouco resistentes aos desinfetantes comuns. Têm predileção pela colonização do revestimento mucoso, provocando inflamações crônicas nos tratos respiratório e urogenital e nas articulações (juntas) de várias espécies de animais, inclusive aves e cães. Aí está, amigo Ivan, mais uma causa daqueles passarinhos com as juntinhas inchadas e com dificuldades para pousar no poleiro. Causam desarranjo dos cílios (formações digitiformes que movimentam a camada de muco) das células mucosas e, algumas vezes, a destruição celular. Alguns, como o U. urealyticum, expressam uma protease (enzima) que destrói a imunoglobulina A, um dos fatores de defesa mais importantes da mucosa (membrana que forra os órgãos ocos e as cavidades naturais do organismo, mantida úmida por uma camada de muco). 
Pertencem à ordem Mycoplasmatales, da classe Mollicutes. Foram agrupados em três gêneros: 1- Mycoplasma, que necessitam colesterol para o crescimento; 2- Acholeplasma, não necessitam colesterol para crescerem e 3- Ureaplasma, também necessitam do colesterol para o crescimento, além de uréia para o metabolismo energético. Umas quatorze espécies de Mycoplasmas já foram descritas como causadoras de doenças no homem/mulher (vivo perguntando, por que falar somente no homem sempre que queremos nos dirigir aos humanos? Parece um critério machista do homem, querendo ter primazia até nas doenças, sô!). O Mycoplasma orale e o salivavarium até o momento são tidos como reles comensais da cavidade oral; o Mycoplasma pneumoniae, o mais famoso da patota, é uma causa comum de pneumonia em todas as idades humanas. O Ureaplasma urealyticum e o M. hominis (olha aí de novo, por que não também M. mulheris?) em geral vivem assintomáticos no trato geniturinário, mas podem provocar infecções oportunistas em adultos e recém-nascidos. O M. genitalium, o M. fermentans e o M. penetrans podem ser encontrados nos tratos respiratório e geniturinário humano e merecem a atenção. 
O básico para a patogenicidade do Mycoplasma é a aderência às células mucosas do hospedeiro, processo multifatorial e complexo responsável pela patogenicidade de muitas outras bactérias. Embora a maioria dos mycoplasmas fixem residência e multipliquem-se na superfície celular, algumas, como o M. fermentans, o M. penetrans e mais raramente o M. pneumoniae, podem localizar-se no interior celular onde ficam protegidos dos antibióticos e dos anticorpos do hospedeiro; aí está a explicação para a cronicidade da doença e a dificuldade de cultura em meios artificiais. Algumas espécies produzem citotoxinas, como as exotoxinas e o H2O2 (peróxido de oxigênio), e polissacarídeos. Nas aves, como em outros animais, existem alguns fatores que facilitam a infecção pelos mycoplasmas: membrana epitelial imatura, ambientais(ar seco e calor), excesso de NH3 e infecções por alguns vírus (paramixovírus, reovírus, adenovírus) e bactérias como a Escherichia coli. Num surto dentro de um aviário podem haver desde pássaros assintomáticos até os quadros mais graves e mortais. Uma importante propriedade do M. hominis é a metabolização do aminoácido arginina com a conseqüente liberação de amônia que é tóxica para as células. O M. pneumoniae e o hominis produzem peróxido de hidrogênio, oxidante potente capaz de lesar as células.    Os Ureaplasmas, que exigem colesteróis para o crescimentos e formam colônias bem pequenas em forma de ovo frito em meio contendo agar, diferentemente dos outros gêneros da classe Mollicutes, têm atividade de urease (enzima) que pode induzir a produção de cálculos urinários e a degradação das imunoglobulinas A secretoras que têm importância vital na defesa da mucosa. Alguns indivíduos infectados com o M. pneumoniae desenvolvem anticorpos reativos contra o cérebro, coração e músculos e auto-anticorpos da classe IgM que aglutinam os eritrócitos humanos a 4 graus centígrados (aglutinação a frigore).
Para a imunidade (defesa) os Mycoplasmas genitais exigem anticorpos específicos, o que, explica o fato da falta de anticorpos maternos, que passam para o feto nos meses finais da gestação, ser a causa do alto risco da doença para os prematuros. Dentro de uma Ordem as diferentes espécies provocam reações cruzadas entre elas, determinadas pela pequena antigenicidade (capacidade de reagir com anticorpos resultantes de uma resposta imunológica) determinada pela ausência de parede celular e por ficarem nos recessos da parede celular pouco acessíveis aos mecanismos de defesa do hospedeiro; essa baixa especificidade leva ao alto número de reações falso positivas em exames laboratoriais. 
Os Mycoplasmatales possuem baixa infectividade, exigindo para a disseminação contato próximo entre os indivíduos, sendo as infecções mais comumente encontradas nos locais de maiores densidade populacionais. Os tratos respiratórios e genital são as portas de entrada primárias. Os microorganismos são disseminados pelas excreções das vias respiratórias (como as gotículas eliminadas durante a fala, canto, tosse ou espirros) e pelas gônadas de ambos os sexos. Nas aves, a infecção dos sacos aéreos pode conviver com a do ovário e dos folículos em desenvolvimento. Como pode haver muitos pássaros, inclusive filhotes, contaminados assintomáticos mas capazes de transmitir a doença, a atenção do criador na inspeção do seu plante e para a higiene do ambiente   Nos ninhegos o contato direto é a principal maneira de disseminação. Pais podem contaminar os filhotes alimentando-os com conteúdo contaminado do papo. A transmissão transovariana pode ser importante em alguns criadouros. A fêmea contaminada é capaz de transmitir o microorganismo diretamente a toda à ninhada.   Citam-se também a transmissão pelas penas ou poeira contaminadas. Estresses como o frio corrente de ar e exercícios intensos (como os longos vôos de pombos de competição) podem tornar aparente uma infecção até então inaparente. 
No homem, os Mycoplasmas mais importantes são o M. pneumoniae, o Ureaplasma urealyticum e o M. hominis.O Mycoplasma pneumoniae é responsável por aproximadamente 15% das pneumonias nos humanos, sendo causa comum de traqueobronquites e bronquiolites. A adesão às membranas celulares ciliares é mediada pela proteína de adesão P1; a invasão da parede das vias respiratórias no máximo chega à membrana basal. As culturas, como de material colhido da garganta e do catarro, são demoradas e o exame sorológico mais usado para confirmar o diagnóstico é o ELISA (enzyme-linked immunosorbent), exigindo o diagnóstico definitivo a soroconversão em dois exames feitos com intervalos de 2 a 4 semanas. Embora haja controvérsias, podem ser usadas dosagens de IgM e IgG e a fixação do complemento. Sempre que for confirmada a presença de um caso na comunidade será muito provável a existência de outros. Os anticorpos encontrados no ELISA e na fixação do complemento apresentam reação cruzada com outros antígenos, principalmente de outros Mycoplamas, o que requer muito cuidado na avaliação. 
O Ureaplasma urealyticum, com 14 sorotipos, e o Mycoplasma hominis, com sete sorotipos, são os chamados Mycoplasmas genitais, podendo ser isolados no trato urogenital baixo de mulheres e na urina, no sêmen e na uretra distal de homens assintomáticos. Provocam inflamação crônica do trato geniturinário e das membranas amnióticas (membranas que se desenvolvem em torno do embrião dos vertebrados superiores e formam o saco amniótico). Fazem parte do grupo das DST (doenças sexualmente transmissíveis). O M. hominis é uma das causas da doença inflamatória pélvica, inclusive a salpingite (inflamação da tuba uterina por onde passa o óvulo) que pode levar à infertilidade. Mycolasmas em aves. Muitas espécies de aves podem ser contaminadas pelos Mycoplasmas, inclusive os pássaros ditos de gaiola (cage birds). Embora possa atingir a ave em qualquer idade, a incidência é maior entre os filhotes. 
Os Mycoplasmas mais comumente encontrados nas grandes criações de aves domésticas são o Mycoplasma gallisepticum, que provocam lacrimejamento, catarro nasal, problemas respiratórios com tosse e inchaço dos seios infraorbitários pela sinusite, saculite, queda na produção de ovos e septicemia secundária pela Escherichia coli (coisa ruim nunca vem sozinha); o Mycoplasma synoviae, que se manifesta por diarréia esverdeada, inchaços das almofadas das patas e nas articulações dos membros anteriores (asas) e posteriores (patas) que levam a ave a movimentar-se muito pouco. Nas articulações o quadro típico é o de sinovite (inflamação da membrana sinovial, revestimento interno da cápsula articular), principalmente dos tendões (tenossinovite), como acontece comumente nos jarretes. A bursite (inflamação da bursa, bolsa contendo líquido situada em locais de atrito mais forte) do osso esternal pode a piorar a respiração e Mycoplasma meleagridis, manifestado por queda da fertilidade, mortalidade de filhotes, deformidades de membros e pescoço, sinais respiratórios de média intensidade, catarro nasal, inflamação e inchação dos seios infra-orbitários (sinusite) e grande predominância entre os perus. 
O Mycoplasma iowae está também entre os mais encontrados, provocando mortalidade embrionária e queda na fecundidade dos ovos A incubação varia com a espécie de ave e do Mycoplasma, girando em torno de 6 até 21 dias. A mortalidade pode ser alta, podendo chegar a 90% entre os filhotes de faisões. A doença dissemina-se lentamente e os olhos do criador devem estar atentos para os primeiros sinais como o pestanejar freqüente e a arranhadura das pálpebras. Aos poucos o estado geral vai se deteriorando, as pálpebras incham-se, a ave torna-se incomodada com a luz (fotofobia) e os olhos ficam encatarrados. Pode haver letargia, ficando a ave indiferente ao meio ambiente, inapetente e sonolenta, chocalhando a cabeça para remover secreção nasal grossa. Aos poucos vai perdendo peso. À inflamação da pálpebra (blefarite) ou da conjuntiva (conjuntivite) pode seguir inflamação da córnea (ceratite) que, nos casos mais sérios, pode levar à cegueira e morte por caquexia pela ave não ter condições de achar ou movimentar-se até o alimento. Muito característico é o aumento, às vezes gigantesco, com pouca ou nenhuma secreção, dos seios infraorbitários.
O pássaro fica dispneico (falta de ar), principalmente quando está excitado, e respira com o bico aberto. Podem ser ouvidos sons respiratórios murmurejantes (putz!). Algumas espécies de Mycoplasma e Acholeplasma podem ocasionar alta mortalidade embrionária. Em algumas espécies de aves, como gansos domésticos, pode haver infecção com necrose do falo, infecção da cloaca (cloacite), saculite (infecção dos sacos aéreos), orquite (infecção do testículo) e peritonite (inflamação do peritônio, membrana serosa que reveste internamente as cavidades abdominal e pélvica e externamente as vísceras nelas contidas) determinados pelo M. cloacale e, mais raramente, pelo M. anseris; nos criadouros atingidos pode haver altas incidências de ovos não férteis e mortalidade embrionária. O A. axanthum pode ser isolado de fezes e de secreções das vias respiratórias de aves de criadouro com mortalidade embrionária acima de 50%; nesses criadouros podem haver muitos casos de salpingite e saculite. As rinites, sinusites, conjuntivites e traqueites apresentam-se com secreção grossa gelatinosa. 
Muitas vezes os Mycoplasmas lesam as mucosas e preparam o terreno para infecções secundárias por bactérias como a Escherichia coli, vírus e fungos. A infecção pode ficar endêmica num criadouro com pequenas evidências da sua presença como sinais respiratórios vagos, lacrimejamento, sinusite ou debilidade. Somente após contaminar um grande número de aves, ou nas situações estressantes, torna-se aparente. Aí está uma aspecto muito sério do problema e que deve ser sempre levado em conta par todo criador consciente. 
Os Mycoplasmas estão entre os agentes que mais comumente provocam morte embrionária, conhecida pelos criadores como anel de sangue (blood-ring) ou morte dentro da casca. Chegam ao ovo pelo oviduto ou pelo sêmen de machos infectados. Os antibióticos mais usados nas aves são a enrofloxacina, tilmicosin, tetraciclinas, tylosin, tylamutin e lincospectin, os quais, somente devem ser usado por indicação do veterinário. Geralmente os antibióticos são usados na água de beber, nos alimentos e, muito interessante, injetado nos ovos (Tylosin ou a combinação de lincomicina e espectinomicina injetados nas câmaras aéreas); há quem banhe os ovos em soluções contendo antibióticos. Vi descrito que a elevação da temperatura em uma incubadora (forced-air incubator) até 46 graus centígrados por 12 a 14 horas é efetiva, mas pode diminuir em 8 a 12% a fertilidade dos ovos; não me perguntem se surte efeito porque não aconselho e não gosto de ovo cozido.
Se o tratamento é área de atuação do veterinário, o papel do criador na profilaxia é essencial: 
- A manutenção higiênica do prédio onde está instalado o criatório deve ser diária, evitando o acúmulo de dejetos e restos alimentares. As excreções do hospedeiro protegem os parasitas da ação dos desinfetantes e devem ser removidas ante do uso dos mesmos. Ter um jogo de mangueira, pazinha de limpeza, baldes, botas, vassouras, rodos, cestos de lixo, etc. somente para dentro do criatório. Se existirem mais de um ambiente, um jogo para cada um. Verão que vale a pena o investimento.
O uso de detergentes e outros produtos de limpeza bactericidas deve ser feito com orientação técnica. Aqui não cabem improvisações. Ainda advogo o uso de vassouras de fogo tendo, é lógico, cuidado para não colocar fogo no prédio e nos pássaros. Sempre usei esse procedimento no canil e é tiro e queda. Nunca houve problemas com parasitas externos e, de quebra, elimino alguns parasitas internos que teimam em viver algum tempo fora do organismo. É método de fácil execução, rápido e não tem ação residual como os produtos químicos.
Com técnica adequada não danificará paredes, desde que não se fique com o fogo muito tempo num só lugar como estivesse assando um churrasquinho, e, creio, poderá ser usada nas gaiolas de arame vazias. Tendo-se o cuidado de tirar os pássaros do ambiente, isolando-se as partes combustíveis das instalações, evitando-se a presença de líquidos inflamáveis, etc., o método é seguro. Aconselho procurar informações com alguém que já tenha alguma experiência para não cometer erros de principiante. Lavar, se possível de maneira individualizada, os utensílios também com água filtrada. Se for possível, pelo menos uma vez por mês, ferver os utensílios resistentes à fervura, principalmente as grades e as bandejas do fundo da gaiola. Se for organizada uma rotina, mesmo nos criatórios maiores as atividades profiláticas serão relativamente fáceis.
- Tratar as fêmeas contaminadas por Mycoplasma é essencialíssimo porque podem infectar verticalmente os filhotes. 
- Tratar os machos galadores infectados, pois, por ser comum usá-los com várias fêmeas (poligamia), poderão contaminar, através do sêmen, o plantel numa proporção geométrica. E criam uma cadeia de infectividade progressiva: macho – fêmea – embriões ou ninhegos. Cuidado com os machos que vão a torneios ou a outros criatórios para coberturas. 
- Manter em observação e isolados todos os filhotes nascidos de mãe e/ou pai contaminados. Os gaiolões com muitos filhotes funcionariam como creches ampliando a disseminação da bactéria. A superpopulação é um fator poderoso na transmissão e manutenção dos Mycoplasmas dentro de um criadouro. Deve ser evitada a chamada China alada. 
- Não caia naquela de dar antibióticos com finalidade profilática. São muito poucos os casos em que o uso profilático de antibióticos tem valor comprovado. E a infecção pelo Mycoplasma não é um deles. Fazendo isso você estará criando cepas resistentes da bactéria, um problema para a sua própria família e para os seus pássaros. Cepas resistentes de uma bactéria que se propaga facilmente num canaril são pragas de sogra (só um xiste, porque a minha era ótima). 
- Cuidado especial com pássaros trazidos de fora do canaril, mesmo que seja somente para uma galadinha. Fazer quarentena nem sempre é praticável. Se o galador vier de canaril que mantenha boas condições higiênicas tudo fica mais fácil. Seria ótimo os donos dos bons pássaros galadores manterem os pássaros em ótimas condições de higiene física, social e até mental, pois, eles podem representar um boa fonte de renda para abater nas despesas do criatório. 
- Com as aves vindas de outros criadouros a quarentena é obrigatória, a não ser que venham de criatório que mantenha rígidas condições de controle sanitário do plantel. Creio que a quarentena de três semanas seja suficiente para a maioria das doenças infecciosas. Não trazer o pássaro em gaiolas do criatório de onde o adquiriu. Manter o pássaro entrante fora das instalações que albergam o plantel. O ideal seria uma pessoa para cuidar somente dele e que não tivesse acesso ao criatório. Se não, usar luvas ou lavar rigorosamente as mãos, com água e sabão, após o trato e cuidados com os utensílios da ave em quarentena. Todos os utensílios, produtos alimentares, vassouras, pazinhas, cestos de lixo, etc. devem ser mantidos separadamente dos usados para o plantel. Ponto de água para lavar os utensílios separados. Muito cuidado com os excrementos. A quarentena deve ser para valer ou nem vale a pena ser feita. 
Apesar de a transmissão ser através das secreções das vias respiratórias e genitais, condições anatômicas das aves, como a presença da cloaca que pode permitir contaminação das fezes e urina por parasitas existentes nas secreções genitais, deve-se ter alguns cuidados comuns no controle de parasitas, como as enterobactérias, que são transmitidas pela via fecal-oral. Esses cuidados tomam dimensão ainda maior se levarmos em conta que essas bactérias, principalmente a Escherichia coli, estão entre os parasitas capazes de agravar uma infecção pelos Mycoplasmas.: 
- Lavar rigorosamente as mãos com água e sabão, sabão mesmo, esfregando as unhas com uma escovinha antes de manusear as frutas, as hortaliças e a água que serão fornecidos aos pássaros. As mãos devem ser lavadas, sempre com água e sabão, antes e depois de manusear pássaros ou os utensílios. 
- Lavar rigorosamente, com água e sabão, frutas e as hortaliças que serão dadas aos pássaros e enxágua-las muito bem. Podem ser deixadas por alguns minutos em solução de água e vinagre ou de hipoclorito de sódio, não se esquecendo de enxaguar copiosamente antes de dá-las aos pássaros. Pela simplicidade creio que o lavar as mãos, as frutas e as hortaliças já será uma grande ajuda no controle desses parasitas. 
- Oferecer aos pássaros somente água, no mínimo, filtrada. A água fervida seria mais seguro, desde que seja mantida no fogo pelos menos durante 20 minutos após levantar a fervura. Os mesmo cuidados devem ser tomados com a água para os banhos dos pássaros. Esfregar bem os bebedouros para remover o biofilme líquido que fica na superfície e que pode albergar muitas bactérias. O ideal seria ter jogos de dois bebedouros para intercalá-los diariamente, possibilitando a secagem completa de um dia para o outro do que não estiver sendo utilizado. 
- Muito cuidado com as fezes das aves. O papel do fundo da gaiola deve ser trocado diariamente. O costume de colocar várias camadas de papel não é bom, pois, o filtrado da parte líquida fecal pode levar os parasitas para a folha de baixo (lembrar que estamos lidando com seres microscópicos). Deve ser usada uma folha de papel e a bandeja deve ser limpa diariamente e colocada ao sol (para isso, seria bom ter, pelo menos, duas bandejas por gaiola). Individualizar as bandejas para evitar usar bandeja usada em gaiola de pássaro contaminado em a gaiola de pássaro não contaminado, criando, assim, condições para disseminação da infecção pelo criatório. Se você usa areia na bandeja, tenha muito cuidado, pois, se não houver troca constante e higiene impecável, será um meio propício para manutenção dos parasitas. 
- Muito cuidado com as gaiolas usadas para manter os machos ou levá-los aos torneios. Como ficam a maior parte do tempo fora do criatório, têm maiores possibilidades de ser depósitos de parasitas. São feitas de madeira, com muitos detalhes e têm muitas saliências e reentrâncias que facilitam a vida dos parasitas e dificultam higienizá-las. E, na maioria das vezes, não possuem grade separando a bandeja dos pássaros como acontece com as gaiolas de criação. Creio que, num futuro próximo, poderão ser substituídas por gaiolas feitas somente de arame. 
- As vasilhas contendo sementes, farinhadas, minerais e água devem ser colocadas de modo a evitar que sejam atingidas pelos jatos evacuatórios dos pássaros. Inspecioná-las diariamente e, se estiverem sujas com excrementos, desprezar o conteúdo e higienizá-las. 
idado com os poleiros. Devem ser colocados de maneira que não possam ser sujos pelas fezes, pois, pelo hábito das aves limparem o bico neles após alimentarem-se, a contaminação será fácil. 
- Levar água filtrada e/ou fervida quando for a torneios, evitando dar ao pássaro água da torneira sem as condições higiênicas seguidas no criatório. Se esquecer, é preferível dar água de garrafa tipo natural. Nem para o banho deve ser usada água do local dos torneios. 
- Cuidado com a água do banho dos pássaros. Deve ser, pelo menos, filtrada e, sempre que possível, fervida. Tirar a vasilha logo que o pássaro terminar o banho. 
- Algumas vezes os parasitas podem ser trazidos para o criatório pelas patas de pássaros, como os pardais, ou das moscas. Telar as janelas, portas e as aberturas para a ventilação é medida heróica. Não deixar lixo ou restos de comida expostos é essencial porque eles atraem pássaros, moscas e predadores, inclusive ratos. Muitas plantas também são atrativas para os pássaros soltos visitarem o criadouro. - E sol, amigos, pois, onde entra o sol não entra o médico, ou o veterinário, como dizia minha avó. Locais escuros, muito quentes e úmidos jogam para os bandidos. 
- As medidas profiláticas são econômicas e, tornadas rotinas, de fácil execução. 

MUDA FRANCESA
Causas: Infecções bacterianas, parasitoses, deficiência metabólica ou é ligada à hereditariedade.
Sintomas: Algumas penas tomam aspecto retorcido e desalinhado. Podem tornar-se quebradiças.
Tratamento: Verificar se o pássaro apresenta infestação por ácaro. Melhorar a condição nutricional do pássaro, reforçando vitaminas, cálcio e ferro na dieta. Cortar a pena deformada com uma tesoura e aguardar a próxima muda para sua substituição. Não arrancar as penas.
Prevenção: Dieta equilibrada e higiene.

GIARDIA
Cuidados e prevenção
A giárdia é um microrganismo unicelular, um protozoário, do mesmo grupo dos coccídeos, tricomonas e toxoplasmas. Possui flagelos que o auxilia na locomoção. 
A espécie que comumente afeta as aves é a Giardia psittaci, que é de uma espécie diversa da que parasita o homem, a Giardia lamblia. De um modo geral a psittaci não acomete o ser humano, nem a lamblia parasita as aves. 
A contaminação se dá pela forma direta, ou seja, através da ingestão dos cistos de giárdia encontrados na água e nos alimentos. Os cistos é uma forma de resistência do protozoário, que permite sua subsistência por um tempo prolongado na matéria orgânica ou na água. 
A disseminação desse microrganismo se dá pela eliminação dos cistos através das fezes das aves contaminadas. No organismo da ave o parasita habita o intestino delgado, principalmente o duodeno, onde se reproduz por divisão binária.
No intestino da ave a giárdia pode permanecer um longo tempo sem causar sintomatologia, nesse caso o animal parasitado é denominado de portador assintomático, quando apesar de estiver sadio pode disseminar para o meio a forma contaminante da giárdia (o cisto). 
O grupo de aves mais comumente afetado é o dos psitacídeos, porém os passeriformes também podem ser contaminados. Na literatura norte-americana não encontramos relatos de giárdia em canários (serinus) e fringilídeos. Em nosso meio não foram encontradas informações estatísticas a esse respeito. 
um é a diarréia. 
Alterações cutâneas também podem surgir como pele seca, prurido e arrancamento de penas. Pode ainda afetar os filhotes recém-nascidos, causando debilidade e morte. 
As fezes podem ter aspecto mucóide e apresentar mau odor. Nas infestações maciças até um quadro de má absorção intestinal dos alimentos pode ocorrer, com perda de gordura e nutrientes pelas fezes, ocasionando um quadro de letargia e desnutrição. 
O diagnóstico de certeza é feito com o encontro doas cistos e trofozoítos (forma adulta habitante do intestino). Contudo algumas dificuldades surgem, pois a eliminação dessas formas pelas fezes é inconstante. O ideal é a realização de exames de fezes seriados a fresco (com menos de 10 minutos após a evacuação). 
Um único exame negativo não afasta a possibilidade de contaminação. 
Na impossibilidade do exame a fresco a conservação das fezes em formalina 10% (5% segundo alguns autores) é recomendada, pois a giárdia na forma trofozoítica é frágil e desintegra-se facilmente. Preservar os trofozoítos é importante, pois aumenta a chance de diagnóstico, que estariam reduzidas se a procura for feita apenas pelos cistos. A ave contaminada não elimina o protozoário em todas as evacuações. 
Um método utilizado pelos laboratórios com o intuito de facilitar a identificação dos cistos é o uso da solução de sulfato de zinco, que é facilmente preparada e faz com que os cistos flutuem se separem das fezes e possam ser mais facilmente identificados com o uso do microscópio. 
O tratamento mais é feito com metronidazol por um período de 5 a 10 dias. No entanto há muitos relatos de resistência a esse medicamento. O mais indicado seria a administração da dose diária diretamente no bico, pois a dissolução na água de beber pode reduzir a sua eficácia. Outra opção terapêutica é o febendazol, que tem o inconveniente de ser mais tóxico, podendo ocasionar alterações na plumagem e até a morte da ave. Temos ainda o relato do uso da paromomicina, um antibiótico aminoglicosídeo com ação antiprotozoário e o dimetridazol, que apesar de eficaz tem vários efeitos tóxicos. 
Geralmente está indicado o tratamento para todas as outras aves que estiveram em contato com o indivíduo infestado. 
A reinfestação, muitas vezes confundida com resistência do parasita à medicação, pode se tornar comum se o ambiente que a ave vive não tiver um bom controle sanitário. Muitas vezes é necessário que seja repetido o tratamento periodicamente. Em algumas aves nunca estarão completamente curadas da giardíase. 
Como a forma de propagação é pela ingestão de água e alimentos contaminados por fezes, todo esforço para se prevenir que isso ocorra será de grande valia. 
O fundo da gaiola deve ser protegido por grade removível e os alimentos e a água devem estar fora do alcance dos dejetos, preferencialmente em recipientes externos à gaiola. Devemos impedir que aves silvestres adentrem no criatório, pois podem ser reservatórios da giárdia. Outro cuidado é a quarentena e exame de fezes das novas aves adquiridas pelo aviário. 
Desinfetante a base de amônia quaternária e cloro a 10 % são efetivos na inativação dos cistos. 
A grande verdade é que aves que são mantidas em ambientes saudáveis, com alimentação e água adequadas estão sendo submetidas à melhor profilaxia de doenças infecciosas e parasitárias que existe.
Concluindo: Ave que não come fezes não terá parasitose intestinal.  
FRATURAS
Quando ocorre de a ave quebrar um osso, a primeira providência é retirar os poleiros e colocar água e comida a disposição da ave. Será necessário encanar o osso com gesso dissolvido em água ou álcool, que levará mais ou menos um mês para colar. Se for a perna que quebrou, pegue um canudinho de refresco cortado ao meio, coloque as duas partes na perna e passe o gesso, deixando uns 45 dias, após retire o gesso. Se for a asa que quebrou, será necessário cortar todas as penas da asa, dependendo da fratura, tente encaná-la com gesso. Caso não consiga, o melhor e mais correto é levar a ave a um veterinário, que esta mais acostumado a fazer estes serviços. 
Ministrar um anti-infamatório.
DIARRÉIAS
Causas: Má alimentação, alimentos azedos, deteriorados e água suja.
Sintomas: Fezes líquidas de cor amarela-esverdeada, falta de apetite e emagrecimento, ânus inflamado.
Tratamento: Corte as penas do traseiro com cuidado e lave a região com água morna, após enxugue. Administrar Neo Sulmetina SM.
Sulfas causam ausência de produção de espermatozóides nos machos durante 30a40 dias, a chamada azoospermia. Nenhum ovo será galado nestas condições. Não use Sulfas para reprodutores próximo à fase de reprodução. 
Prevenção: Dieta equilibrada e qualidade nos alimentos. 

CORIZA
Causas: Hemophilus gallinarum (forma aguda). Corpusculo cocobaciliforme (forma lenta). As duas vêm associadas. Bruscas mudanças climáticas, aves em locais úmidos, aves mal alimentadas, falta de vitamina C.
Sintomas: Secreção aquosa nos olhos e narinas.Com a evolução da doença, as narinas ficam completamente obstruídas. Os olhos, em virtude da infecção, ficam inflamados e a ave pode perder a visão.
Tratamento: Limpar as narinas com cotonete impregnado em solução de permanganato de potássio, com 1./1.000. Aviarium ou Terramicina na água de beber, vitaminas.

COLIBACILOSE
Doença infecciosa provocada pela bactéria Escherichia coli, pode ser encontrada como flora normal do intestino do homem, mamíferos e aves. As formas patogênicas para aves são específicas desse grupo e nunca foram encontradas contaminando qualquer mamífero . As formas não patogênicas assim como as patogências são eliminadas pelas aves através das fezes. A bactéria muitas vezes existe em estado latente e em geral aparece depois de alguma queda de resistência ou estado de estresse, principalmente o de fungos. Seus locais de ação são: pulmão - sacos aéreos - coração, fígado, ovários, oviduto, saco da gema do embrião e dos filhotes até a segunda semana de vida (cicatriz umbilical dos adultos), peritônio, podendo tomar toda a economia da ave, causando septicemias. É uma doença gravíssima em um criadouro, responsável pela dizimação de filhotes, todo cuidado é pouco. Se quisermos sucesso temos que evitá-la a todo custo. 
Os sintomas são, nas formas mais graves, poliúrias (excesso de urina), dispnéias, morte súbita, crescimento retardado de filhotes, baixa eclodibilidade, baixa fertilidade das fêmeas, febre, espirros, sede intensa e morte ao final do quinto dia. 
O diagnóstico se faz com exames laboratoriais de aves mortas. 
A profilaxia é feita com muita higiene, não deixar acúmulo de fezes, de muita umidade e com o isolamento da ave suspeita. Como terapia usam-se os antibióticos: cloranfenicol, tetraciclina e eritromicina, bem como sulfas e outros, todavia é melhor fazer o antibiograma porque esta bactéria tem se mostrado muito resistente a muitos tipos de medicamentos.

COLERA AVIÁRIA
Doença infecciosa provocada pela bactéria Pausterella avium, ataca com média freqüência os bicudos e curiós. Acontece com a ingestão de alimentos contaminados, contatos com outros pássaros doentes e pela respiração da respectiva bactéria em locais com pouca circulação de ar.
Os sintomas são: nos casos mais graves, morte súbita quase sem explicação; nos casos mais brandos, os pássaros aparecem com abatimento, sonolência,bico semi-aberto, com ocorrência de muco bucal, fezes brancas, com algum sinal de sangue e morte, precedida de convulsão ao final do quinto dia.
A profilaxia consiste em muita higiene, cremar os cadáveres e fazer quarentena de 21 dias nas novas aquisições. Locais arejados para as gaiolas ajudam muito.
O diagnóstico exato só pode ser feito em exames laboratoriais para detecção da bactéria. Como terapia usam-se os antibióticos cloranfenicol e tetraciclina, como também as sulfas.

COCCIDIOSE
O melhor tratamento para a coccidiose é o preventivo, já que esta doença é altamente contagiosa e pode causar grandes prejuízos se houver disseminação no criadouro. A higiene é essencial para evitar esse mal. A desinfecção permanente das instalações é fundamental para dificultar a infestação dos protozoários. Umidade e calor até por volta de quarenta graus centígrados fazem parceria para o aparecimento da coccidiose. Nesse tipo de ambiente os parasitas encontram meio adequado para a proliferação. 
Uma vez expelidos pelas aves através das fezes contaminadas, se espalham pelas gaiolas ou viveiros e tão logo são ingeridos pelos pássaros no meio da comida, desencadeiam a enfermidade que, na maioria dos casos, leva à morte, porque causa lesões sérias no intestino, mas já foram detectadas em outros órgãos. É praticamente impossível acabar com a doença em criadouros; o que se pode fazer é provocar a imunidade natural nos pássaros através de um trabalho bem cuidadoso. 
Em locais propícios, o oocisto (pequenos ovos do protozoário) sobrevive por quase três meses e para cada oocisto ingerido pela ave podemos obter quase um milhão de outros oocistos. Por isso é que sem tratamento e cuidados preventivos é quase impossível se obter sucesso na criação de pássaros. Todo pássaro teve a doença não deve tê-la eliminado totalmente de seu intestino, podendo ter novo surto por um aumento indiscriminado do parasita em virtude de queda de resistência . As coccídias não são da flora microbiana intestinal. Essa afecção, que é provocada por seres muito pequenos, pode ser de dois grupos: eiméria e isospora, sendo que o primeiro atinge somente o intestino e o segundo, mais específico para passeriformes , inclusive bicudos e curiós, podem atingir outros órgãos. As instalações devem ser mantidas o mais limpas possível. O ideal é um piso telado, onde as fezes caiam para fora do viveiro, impossibilitando a ingestão de oocistos ou também fundos de gaiolas forrados de papel absorvente (tipo jornal), que serão retirados diariamente. 
O sintoma mais evidente é o aparecimento da diarréia. As fezes sujam a cloaca, podem ter aspecto gelatinoso ou conter alimentos mal digeridos. Nem sempre são espalhadas ao atingirem o fundo, devido à quantidade de muco que solta o intestino, mantendo o seu formato. Sua coloração vai desde o amarelado até cor de borra de café, quando contém sangue digerido. 
A ave fica embolada, podendo se alimentar ou ter um excesso de apetite, na grande maioria, devido à má absorção de nutrientes causada pelo parasita. Fica no cocho quase o dia inteiro e não se nutre, esse é um dos maiores sintomas. Com a ajuda de um veterinário, pode-se confirmar a existência da doença através das fezes examinadas em um microscópio. 
Existem vários tipos de coccídias, cerca de trinta espécies somente dos passeriformes. São, na sua maioria, espécies de isospora. As espécies que atacam de galinha não acometem os pássaros, por isso vacinas desenvolvidas para elas não dão resultado para bicudos e curiós. 
Os criadores de pássaros devem ter sempre em mente a prevenção, quando ainda não tiver sido detectada doença em sua criação, pois , quando ocorre o mal é muito difícil determinar a causa. O controle, quando já tiver tido surto de coccidiose, é fundamental para o sucesso da empreita. A eliminação total é impossível, devido à resistência do protozoário a todos os tipos de desinfetantes, exceto calor contínuo (água fervente, vassoura de fogo ou estufas de esterilização ). Se mantivermos baixa a infestação de nossas aves, elas se tornarão imunes e transmitirão tal imunidade para os filhotes. 
Algumas medicações devem ser usadas para emergências e outras para prevenção. O jeito é prevenir para não precisar remediar. Primeiro com a higiene e desinfeção periódica das instalações e depois com doses preventivas de medicamentos coccidiostáticos. Devem ser ministradas doses precisas, de forma que os pássaros vão aos poucos adquirindo imunidade contra a doença. Doses erradas de medicação causarão toxicidade (doses altas) e resistência da coccídia ao medicamento (doses baixas). Logo a seguir , é importante que se ministre polivitamínico rico em vitamina A. 
A transmissão é sempre através da ingestão de fezes contaminadas, depositadas no fundo da instalação, nos poleiros sujos, nas paredes onde a gaiola está encostada etc. Gaiolas e viveiros com os fundos telados muito contribuem na profilaxia. A contaminação também é provocada por moscas que transportam os oocistos de um lugar infectado para outro.
O bom seria a desinfeção com cal virgem, lança chamas ou estufa de calor a 150 graus Celsius para as gaiolas e apetrechos , tomando-se as devidas precauções na adoção desses procedimentos. 
O tratamento curativo é feito com remédios à base de sulfa, nitrofuranos, ionóforos e outros. Está se usando ultimamente um produto muito eficaz contendo metilclorpindolo e vitaminas. A medicação é sempre repetida após 15 a 20 dias da primeira, contudo o tratamento costuma resolver bem quando se percebe a doença em sua fase inicial. Para se obter sucesso, tem-se também que desinfetar a gaiola contaminada a cada 3 dias, se possível com fogo, e desencostá-la da parede para evitar nova infestação.
CALOSIDADE NOS PÉS
Doença muito comum, notadamente nos bicudos. É oriunda da falta de cuidado com os poleiros, bem como da observação adequada do crescimento exagerado das unhas.
Com o passar do tempo, se o poleiro não é limpo e desinfectado, torna-se ensebado e escorregadio, envolto em uma crosta de excrementos e restos de comida. Chega a brilhar de tanta sujeira e gordura.
Assim, o pássaro em pouco tempo estará propenso a adquirir uma atrofia nos pés que mais tarde poderá se transformar em calo. Doença das mais graves e incômodas. Porta de entrada para uma série de infecções que pode levar a ave à morte. 
A profilaxia deve ser:
limpara sistematicamente todos os materiais existentes na gaiola;
aparar periodicamente as unhas
não deixar que se entortem com poleiros muito grossos.
Como terapia, se limpa os pés com água morna, passando-se pomada à base de glicerina para lubrificar, podendo até ter enxofre. Cortam-se as unhas e coloca-se um calicida no olho do calo. Isso tudo uma única vez para não provocar estresse. Em seguida, colocam-se poleiros tipo convexos durante 30 dias, descansando 8 dias, para colocá-lo de novo por mais 30 dias. É bom que se usem também poleiros de material macio, tipo do talo de buriti Mauritia-vinifera.
BRONQUEÍTE E TRANQUEÍTE
Causas: Correntes de ar, aves em local de ar não renovado, bruscas mudanças de temperaturas.
Sintomas: A ave perde o apetite, narinas obstruídas, bico aberto, rouquidão e catarro, a ave não canta e fica agitada.
Tratamento: Separar o pássaro, colocando-o em uma temperatura de 30C. Avitrin Antibiótico, Norkill, Enro Flec 10 ou Linko Spectin na água de beber.  

ASPERGILOSE E MICOTOXICOSE
Os fungos são os maiores inimigos da criação. É uma doença de elevada mortalidade, talvez a que mais mata filhotes do terceiro ao 12 dias de vida, provocada pelos fungos Aapergillus fumigatus, Aspergillus flavus e Aspergillus glaucus. Os sintomas são: diarréia meio esverdeada, sede intensa, abatimento, tosse, febre, inapetência, crise de respiração com catarro, o pássaro fica abrindo e fechando o bico e expulsando catarro do nariz. Manifestações diarréias crônicas de cor amarelada também são comuns.
O grande problema ainda é que ela nos filhotes quase sempre vem associada a outra doença, notadamente a colibacilose e mycoplasmose. O diagnóstico pode ser feito através de microscópio, examinando a secreção catarral ou um esfregaço das vias respiratórias.
A profilaxia de um modo geral é não se ministrar aos pássaros comidas úmidas, mofadas ou vencidas. Não mantê-los em ambientes úmidos e mal ventilados. A umidade nas gaiolas e no ambiente são as principais causas dessa doença. Os esporos (sementes de fungos) ficam no ar, à espera de algum ambiente úmido para ali formar uma colônia de fungos.
É muito difícil conseguir a cura. Existe terapia específica, porém não consegue atingir eficientemente o tipo de lesão granulomatosa formada na ave em diferentes órgãos. Existe medicamento fungicida natural, extraído de vegetais e também o proprionato de cálcio, administrado misturado às sementes à base de um grama por quilo, para impedir o desenvolvimento desse fungo e conseqüentemente formação de suas micotoxinas, principal causadora de moléstias.
Podemos até terminar com os fungos, aquecendo no forno as sementes, todavia as micotoxinas são termoestáveis, ou seja, resistentes ao calor e tem um caráter acumulativo, isto é, cada vez que a ave ingere a micotoxina ela é depositada no seu organismo, não sendo eliminada facilmente. 
As micotoxinas causam mortalidade em adultos e filhotes, baixa fertilidade, queda de resistência à doenças por atingir órgãos imunes etc. Interessante fazer periodicamente a fumigação ou seja retirar os pássaros do criatório e através de um fungicida em fumaça seja retirar os pássaros do criadouro e através de um fungicida em fumaça utilizado em granja de frangos para exterminar os fungos do ambiente.
ASMA
Causas: Sternostoma tracheacolum. Poeira, friagem, alimentos condimentados, gaiolas sujas, mudanças no clima e má ventilação do criadouro.
Sintomas: Respiração difícil acesso asmático freqüente e ofegante. Em casos muito graves imobilidade, olhos entreabertos, penas soltas respiração acelerada intermitente com emissão de pequenos gemidos. Evolui rapidamente para sua forma crônica se não for tratada adequadamente.
Tratamento: Eliminar imediatamente frio, vento, poeira, úmidade. Colocar a ave em gaiola com temperatura de 30C. Se o pássaro apresentar crises agudas, na hora da crise administrar gotas de adrenalina a 1./10.000. Manter a gaiola coberta e fazer uso de um inalador com solução de Tylan apresenta ótimos resultados. O tratamento com R-Trill vem possibilitando bom resultado em muitos casos.
Prevenção: Evitar lugares úmidos e sujeitos a ventos frios. Mudanças bruscas de temperatura.
ACARÍASE RESPIRATÓRIA
Causas: Ataque do ácaro Stermostoma tracheaculum, nas vias respiratórias. A transmissão normalmente se dá nas exposições, torneios e na introdução de novas aves no criatório. Pode ser transmitida por pássaros livres que tenham acesso ao criatório. É comum a aproximação de pardais quando as gaiolas estão fora para treinamento ou banhos de sol.
Sintomas: Respiração penosa, curta, com o pássaro abrindo e fechando o bico constantemente. O pássaro passa a se alimentar menos e emagrece.
Tratamento: Isolar imediatamente o pássaro apresentando esses sintomas. Ministrar G-Trox ou Ivomecpour-on em todo o plantel em duas doses com intervalo de 15 dias. Desinfetar todo o criatório, preferencialmente pintando as paredes com cal virgem. Aplicar Front-Line Spray na dose de 2 gotas no dorso das aves, repetindo a dose 7 dias e 15 dias após a primeira dose, apresenta bom resultado..
Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen
Canto e Fibra (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos. Evitar expor os pássaros a riscos de contágio. Colocar em quarentena todo o pássaro que participar de uma exposição ou torneio.
ÁCAROS VERMELHOS
Causas: Parasita Dermanysus gallinae. Estes parasitas causam grandes problemas na reprodução. Chamados piolhos vermelhos por serem hematófagos e apresentarem côr vermelha quando cheios de sangue. São comumente encontrados em pombos e galinhas podem ter sua presença despercebida por um longo período no criatório. É um parasita noturno, se protegendo e reproduzindo em frestas, rachaduras e vãos, durante o dia. Seu ciclo de vida pode ser completado em uma semana. Em criadouros pode permanecer por 6 meses, após a retirada das ave. A transmissão do problema se dá através de objetos "contaminados" como: gaiolas, comedouros, capas de gaiolas, outros acessórios e pelo próprio trânsito de pessoas de um criadouro a outro.
A ave não dorme direito, se estressando e perdendo nutrientes para o parasita. Podem causar: diminuição da eficiência reprodutiva nos machos, diminuição da postura nas fêmeas, diminuição da velocidade de crescimento dos filhotes, fraqueza, letargia, e diminuição de apetite
Sintomas: Estes ácaros, durante o dia se escondem nas ranhuras dos poleiros, molas das portas e buracos na parede ou teto. Durante o dia, principalmente nos banhos de sol, não são observados e os pássaros ficam tranqüilos. Ataca as aves á noite. Durante a noite os pássaros ficam agitados e não param de se bicar tentando se livrar dos parasitas.
Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Front-line Spray . Há criadores que pulverizam com o inseticida SBP, o que não recomendamos por não termos vivido a experiência. Tratar com G-TROX ou aplicar Ivomec Pour-on na dose de 1 gota no dorso das aves apresenta bom resultado. Desinfetar o criatório.
Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos. 

ÁCAROS DE TRAQUÉIA
Os Acáros de Traquéia(S.Tracheacolum) são pequenos parasitas, especialmente das vias respiratórias superiores, que podem ser vistos até mesmo à olho nu ou com auxílio de uma lupa. Irritam a mucosa das àreas que atacam tais como: traquéia, pulmões, sacos aéreos, chegando mesmo à atingir os ossos pneumáticos. Eles ao atacarem essas àreas nas quais se instalam, produzem lesões pois, alimentam-se de sangue(HEMATÓFAGOS), causando patologias por si só e abrindo caminho para infecções por bactérias, vírus, fungos e mycoplasmas oportunistas. Quando da incidência desse problema deve-se melhorar o sistema de ventilação pois, com uma melhor ventilação, melhoramos a aeração e circulação de ar eliminando partículas em suspensão no ar do criadouro. Os ácaros em um criadouro podem ser trazidos por aves novas introduzidas¹ e que não tenham sido submetidas à quarentena em ambiente separado do criadouro ou por correntes de ar mal distribuídas ou podem existir naturalmente no ambiente, onde alimentam-se de detritos e de maneira oportunista, podem infectar as aves. Um excesso de população também pode levar à problemas de má qualidade do ar pois, aumenta a quantidade de partículas em suspensão no ar do criadouro. Uma forma de tratamento é o uso da Ivermectina(Ivomec® ) e outro método é o uso de inseticida aerosol à base de piretrinas, tipo SPB® . O inseticida deve ser desse tipo pois, é menos tóxico. O método é simples, coloca-se a(s) ave(s) em uma gaiola, cobre-se a gaiola e aplica-se um ou dois jatos do inseticida dentro da gaiola para que a(s) ave(s) inalem o produto durante uns cinco minutos. Esse método mostra-se eficiente, especialmente como tratamento de emergência em aves já parasitadas por ácaros. 
Os principais sintomas são: 
Dificuldade respiratória. 
Tosse e a ave emite sons como gemidos, dando a impressão que está engasgada. 
A ave perde a voz. 
A ave abre muito o bico e o limpa constantemente no puleiro. 
Em casos de infestação extrema pode ocorrer a morte da ave por asfixia mecânica.

As formas de se evitar esse tipo de "inimigo" da saúde nossas aves são: 
Um bom manejo higiênico do criadouro. 
Quarentena de novas aves. 
Aplicação de produto preventivo como, por exemplo, a Ivermectina, que combate não só o ácaro de traquéia, mas, também outros endo e ectoparasitas. Boa ventilação e renovação do ar, mas, sem correntes de ar passando diretamente pelas gaiolas, pois, essas correntes podem carrear ácaros e outros agentes infectantes. 
Isolamento de aves infestadas do ambiente do criadouro, aliás, para qualquer patologia deve-se retirar o indivíduo do criadouro. 
Eliminação das aves mortas, de preferência incinerando-as. 
É possível que a água de bebida seja uma fonte de infestação, portanto, temos que ter cuidado com a higiene dos bebedouros.

Minha experiência com Ácaros de Traquéia 
Vou descrever a experiência mais recente acontecida no Criadouro de Canários de um amigo. Algumas aves começaram a tossir e agirem como se estivessem engasgadas. Passados alguns dias 06 aves morreram. Ele ligou relatando-me o fato e como não podia, naquele momento, ir até o seu criadouro, o aconselhei á levar 02 aves que apresentavam os mesmos sintomas a um veterinário, nosso conhecido, que tem especialidade em aves. O diagnóstico² foi ácaro de traquéia. O tratamento recomendado foi o uso do SBP®, como descrito acima. Agora estamos fazendo também uma nova aplicação da Ivermectina³, fazendo a aplicação, repousando 15 dias e repetindo a aplicação. Os grandes vilões nesse caso foram encontrados: 
1 - Excesso de aves no criatório. 
2 - Má ventilação. 
Esses problemas são facilmente resolvidos com a diminuição da população de aves no criadouro (ou aumento do criadouro em si para comportar a população requerida) e com uma melhoria da circulação do ar. 
Conclusão 
Devemos ter cuidado com o manejo e sanidade de nossos plantéis e criadouros pois, descuidos e falta de atenção para detalhes como: a correta ventilação, higiene, quarentena ,etc.; podem ser o diferencial entre o fracasso e o sucesso na criação. Devemos sempre procurar orientação profissional, pois, teremos maior precisão no diagnóstico e no tratamento, conseguindo assim, melhores resultados e eliminando os agentes causadores das anormalidades e patologias. 
Notas: 
1 - Além dos passeriformes também afetam outras espécies como pinzones, agapornis e outros psitacídeos. Não é recomendável ter várias espécies em um mesmo ambiente se pretendemos realizar uma quarentena rigorosa. 
2 - Seria interessante também realizar um diagnóstico diferencial para o Syngamus trachea(verme vermelho de traquéia), para ter-se precisão no tratamento. Se bem que o tipo de tratamento é o mesmo para ambos os parasitas, apesar da menor gravidade com relação ao S. trachea por tratar-se de um nematóide. 
3 - Com relação à dosagem específica da Ivermectina, existem estudos que dizem que não devemos ultrapassar 0.1ml/kg. Existem relatos de que o uso em dosagens incorretas pode causar cegueira em bois, cães, e tem sido observada em aves pequenas. Mas, o que temos observado na prática em anos de criação de canários é que não houve um único caso desses em vários plantéis.

ÁCAROS DAS PENAS
Causas: Parasita Syrongophilus bicectinata
Em ambiente natural é comum a presença de alguns piolhos brancos/amarelados, que, normalmente não são visíveis, sendo residentes naturais, que são até benéficos para os pássaros, pois removem células mortas das penas e pele e até determinadas bactérias. Quando a higiene é relaxada no criatório, o acumulo de sujeira e de fezes formam o ambiente propício para o desenvolvimento de uma superpopulação de parasitas que passam a incomodar a ave. Há casos, inclusive de fêmeas que abandonam o choco por se sentirem incomodadas, embora esses piolhos não se alimentem do sangue dos pássaros. As reinfestações podem acontecer a qualquer momento. Pardais e outros pássaros contribuem para o ressurgimento de novos focos.
Sintomas: O pássaro passa a se coçar seguidamente ficando irrequieto na gaiola. As cerdas ficam com aspecto "roído", quebradas, imperfeitas e sem brilho. Dependendo da quantidade de ácaros, podem comprometer o vôo. Para verificar se a ave está sendo atacada por ácaros, pegue-a e observe com a sua asa aberta contra a luz.
Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Front-line Spray. Há criadores que pulverizam com o inseticida SBP, o que não recomendamos por não termos vivido a experiência. Produtos à base de Ivermectina não costumam apresentar bom resultado.
Prevenção: Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos. 
ÁCARO KNEMIDOCOPTES
Causa sarna de bicos, penas, e pés.
Vive sobre e sob a pele da ave, em galerias, promovendo coceira. Os ácaros penetram na pele do pássaro levantando-a. Com a evolução da doença a pele cai dando lugar a crostas esbranquiçadas, podendo, ainda criar feridas, pois o pássaro coça com muita freqüência a área atingida.
A contaminação por este ácaro é multifatorial, sendo que as principais são: umidade ambiental baixa, hipovitaminose A (deficiência de vitamina A) , deficiências nutricionais. O ácaro após infectar uma ave, pode ficar até dois anos, em forma latente (dormente), sem levar ao quadro clínico da doença. Causam lesões queretinizadas proliferativas (crostas) ao redor do bico, anus, pernas e pés.
Como profilaxia (prevenção): fazer quarentena e tratamento preventivo das aves, 
Sintomas: 
O pássaro passa a se coçar seguidamente ficando irrequieto na gaiola. Com a evolução do quadro podemos observar escamações de peleao redor do bico, anus, pernas e pés. Há casos em que as lesões chegam a causar deformações no bico e nas unhas.
Tratamento:
Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Piolhaves. Nas feridas empregar uma pomada a base de enxofre.
Prevenção:
4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos. Cuidados com a higiene de gaiolas acessórios e ambiente, correção alimentar, ambiente de criação de aves deve ser bem ventilado e arejado, mas sem corrente de vento.

PROBIÓTICO + PREBIÓTICO
Organew reúne em sua formulação macro e micro-minerais, vitaminas, aminoácidos, FOS, MOS e leveduras vivas. Esta perfeita combinação auxilia no desenvolvimento de uma microbiota intestinal saudável, proporcionando melhor digestibilidade dos alimentos e, conseqüentemente, aumento de eficiência alimentar.
PROPRIEDADES:
Saccharomyces cerevisiae:
Microorganismo eucarioto, com células alongadas ou ovaladas. Incorporado na alimentação de duas maneiras:
-Cepas inativas com fonte de proteína, principalmente, e alguns minerais e vitaminas.
-Células vivas que se multiplicam e estimulam a microbiota intestinal. 
FOS E MOS:
Ingredientes alimentares, não digeríveis, que estimulam seletivamente o crescimento e atividade de uma ou mais bactérias benéficas da microbiota intestinal. 
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES:
-Não podem ser hidrolisados ou absorvidos nos segmentos iniciais do trato digestório.
-Servem de substrato apenas para bactérias benéficas.
-Capaz de alterar a microbiota intestinal, beneficiando o hospedeiro.
-Possui maior viabilidade do que os probióticos. 
NÍVEIS DE GARANTIA POR Kg DO PRODUTO: 
Proteína Bruta (Mín.)..............................22,13 %
Matéria Mineral (Máx).............................29,73 %
Matéria Fibrosa (Máx.)............................8,660 %
Extrato Etéreo (Mín.)...............................5 %
Umidade..................................................4,8 %
Saccharomyces Cerevisiae.....................9 x 10E6 UFC
FOS.........................................................2 g
MOS........................................................1 g
Vitamina B1.............................................6,75 mg
Vitamina B2.............................................19 mg
Vitamina B6.............................................13,468 mg
Vitamina B12...........................................24 mcg
Biotina.....................................................2,8 mg
Inositol....................................................1.200 mg
Acido Fólico............................................10 mg
DL-Metionina...........................................4 g
L-Lisina....................................................5 g
Cistina.....................................................1,28 g
Niacina....................................................20,3 mg
Glicina.....................................................7,21 g
Valina......................................................9,17 g
Prolina.....................................................6,08 g
Colina......................................................774 mg
Isoleucina................................................7,73 g
Lisina.......................................................12,79 g
Histidina...................................................4,57 g
Arginina....................................................6,95 g
Fenilalanina.............................................8,57 g
Leucina...................................................12,14 g
Serina.....................................................6,98 g
Treonina..................................................9,94 g
Alanina....................................................10,89 FTU
Metionina.................................................3,25 g
Tirosina....................................................3,78 g
Acido Glutâmico......................................19,17 g
Triptofano................................................1,8 g
Acido Aspártico.......................................17,35 g
Cálcio (Máx.)...........................................0,18 %
Fósforo (Mín.)..........................................0,021 %
Veículo q.s.p............................................1.000 g
MODO DE USAR:
Para ser usado por via oral, adicionado ao alimento.
·         Aves: de 1 a 2 g por kg de ração.
Bolsas metalizadas contendo 100 g e 1 kg. 


Remédios

tratamento de doenças das aves

100 P.S
Tratamento do \\\"peito seco\\\". Promotor de crescimento e eficiência alimentar. Tratamento de doenças respiratórias crônicas.


Aminomix
Similar aos premix aminoácidos, vitamínicos, e minerais incorporados às melhores rações importadas, Aminomix Pet auxilia na melhora da qualidade nutricional dos alimentos (rações, farinhadas, misturas de sementes ou comida caseira).


Aminosol
Complexo líquido com todos aminoácidos essenciais, vitaminas, sais-eletrolíticos e glicose. Indicação: Antitóxico energético, rehidratante, antidiarréico, antianêmico, estimulante do apetite, protetor hepático, alimento protéico, coadjuvante das medicações e antiestressante


Aminosol Premix
Suplemento vitamínico e aminoácido. Auxilia na alimentação de aves e animais carentes, auxilia durante a postura, mudanças de clima e transporte. Sendo de grande ajuda nos animais durante o crescimento


Aminostress
Em todos os casos onde necessita uma reposição rápida de vitaminas e aminoácidos, devido a carência nutricionais. Indicado nos casos de Stress, Hipovitaminoses, Desnutrição, Covalescença e Revitalização


Avemetazina
Associação de duas sulfas que possuem amplo espectro de ação bacteriana. Possui grande vantagem por ser rapidamente absorvida e elntamente eliminada, o que permite concentrações sanguíneas elevadas, melhorando assim a sua eficiência terapêutica contra os microrganismos sensíves a sulfamidoterapia. Tratamento preventivo e curativo da Coccidiose.


Avitrin Antibiótico
Tratamento e controle das infecções bacterianas do trato respiratório e entérico dos pássaros produzidas por Staphylococcus aureus, Chlamydia psittacci, Salmonella spp. E Escherichia coli, infecções essas responsáveis pelo aparecimento de corrimento nasal, diarréias, fraquesa, Inapetência e doenças respiratórias. Administrado por via oral, adicionando à água ou diretamente no bico.


Avitrin Vermífugo
Combate aos seguintes vermes: Singamose, Heteraquediose, Ascaridiose, Capilariose, Amidostomose, Tricostrongiloses


Avitrin Cálcio
Indicado para pequenas aves de criação na prevenção e tratamento do raquitismo e outras osteodistrofias, bem como demais manifestações indicativas de transtornos do metabolismo do cálcio e fósforo ou de sua carência e da vitamina D, por debilidade, bico mole ou quebradiço, perda temporária do uso das pernas.


Avitrin Complexo Vitamínico
As vitaminas são essenciais em todas as fases da vida dos pássaros e sua utilidade cresce quando as necessidades nutricionais aumentam acima do normal: no crescimento, cruzamento, postura, choco, muda de pena, durante o tratamento de doenças infecciosas ou parasitárias e suas convalescenças, nos estados anêmicos. Nas carências vitamínicas produzidas por defeitos de alimentação ou da absorção intestinal. Estimula o apetite, determinando melhor aproveitamento da alimentação.


Avitrin E
Indicado para os seguintes sintomas: defeitos na reprodução, com degeneração embrionária (baixa fecundidade dos ovos, os embriões morrem nos primeiros dias de incubação) ; infertilidade ( baixa produção dos machos reprodutores) ;degeneração muscular com distrofia muscular ( afetando as aves jovens) e outros.


Avitrin Ferro
Para aves nas anemias ferroprivas e macrocíticas e nas convalescenças. Sua fórmula especialmente desenvolvida, auxilia a recuperação nos períodos de muda e após a aplicação de vermífugos ou coccidiostáticos. É recomendado para o tratamento de estados anêmicos ocasionados por carência mineral e vitamínica ou falhas na absorção destes elementos, nas perdas agudas ou crônicas de sangue. Avitrin Ferro pode ser administrado profilaticamente, proporcioando maior resistência às doenças e embelezando a plumagem.


Carnation B12 Pet
A Lisina e a Carnitina (Vitamina BT), desenvolvem e agem sobre o metabolismo energético das células. Dão aos pássaros maior agilidade e excelente forma. Auxilia na recuperação dos animais em casos de intoxicação. Ação estimulante. Usado para manter a atividade prolongada da musculatura dos cães. Melhora o crescimento muscular, esquelético e cardíaco. Ajuda a melhorar o metabolismo Energético. Estimula o apetite.


Dolemil
Tratamento da sarna em pássaros ( pequenas cascas que se formam nos pés )


Ferro SM
Composição à base de ferro


Ferti-vit - Canto e Fertilidade
Estimula a fertilidade e o instinto reprodutor. Nos problemas de postura e fertilidade, morte dos embriões, crescimento deficiente. Melhora o canto dos pássaros


Glicosol L - Energético
Suplemento glicosado composto de peptídios e aminoácidos. Indicação: Stress, animais debilitados e enfraquecidos, intoxicações, convalescença, revitalizante e rehidratação.


Hidrovit

Sais Eletroliticos, Vitaminas e aminoácidos. Devido a sua composição
perfeitamente balanceada, fornece aos animais submetidos ao stress, a reposição rápida de todos os elementos e nutrientes, reestabelecendo o meio interno e equilibrando as funções vitais das aves, além de agir como um promotor de crescimento.


Iodave SM
Composição à base de iodo


Plumas Kleen
Eliminador de odores. Repelente de insetos. É indicado na eliminação de odores e na repelência de insetos e ácaros dos pássaros, assim como de suas instalações, acessórios e utensílios.


Laviz A - Suplemento Vitamínico
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações. Composição: Vitamina A , veículo Q.S.P.


Laviz A - Suplemento Vitamínico
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações. Composição: Vitamina A , veículo Q.S.P.


Laviz B1- Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações


Laviz B2 - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações.



Laviz B6 - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações.


Laviz B12 - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações.


Laviz C - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações.


Laviz D3 - Suplemento Vitamínico.
Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações.


Laviz E - Suplemento Vitamínico.

Suplemento vitamínico auxiliar na prevenção da hipovitaminose e suas manifestações. Composição: Vitamina E, veículo Q.S.P. Utilizado para correção de problemas relacionados a fertilidade.


Mercepton Oral
Utilizado para desintoxicação.


Neosulmetina
Tramento de diarréia ou enterite de origem bacteriana. Atua sobre infecções gastro-intestinais, causadas por bactérias ou protozoários, abrangidos pelo espectro de ação da sulfaquinoxalina e neomicina.


Orosol - Complexo Vitamínico
Complexo vitamínico com colina. Indicação: Tratamento das hipovitaminoses, stress, falta de produção, estados infecciosos, convalescença e revitalizante.


Penaviar
Tratamento das infecções desintéricas das aves, e suas manifestações, causadas por germes sensíveis a Sulfadiazina e a Sulfadiazina Sódica. Como medicação auxiliar nas diarréias inespecíficas, sindromes desinteriformes dos pássaros, cólera aviária, coriza e infecções intestinais.


Penavit Plus
Combate o peito seco e atua como promotor de crescimento o eficiência alimentar.



Piolhaves
Talco Piolhicida Indicado para o tratamento e controle de piolhos em pássaros e aves em geral. O seu uso também se estende ao combate de outros ectoparasitas que atacam as aves, tais como percevejos, ácaros, pulgas e carrapatos.

Plumas Beleza das Penas
Suplemento vitamínico aminoácido para pássaros. Ajuda a obter e a manter a qualidade das penas (vigor, brilho e viço), a preservar o bem estar (canto e atividade) e a prevenir o stress.


Plumas Turbo
Suplemento vitamínico, mineral e aminoácido para pássaros. Melhora a eficiência da alimentação contribuindo na manutenção do bem estar, atividade e fogosidade e também na recuperação da qualidade das penas.

Vetococ
Controle de Coccidiose e diarréia.


Vitagold
Indicado para todos os casos em que se necessite uma adminsitração maciça de vitaminas. Usado também após situações em que o pássaro passa por stress.

A LEI E O IBAMA:

O coleiro é um animal protegido por lei, seu comércio é ilegal mas sua criação não é. Esta ave tem sido aniquilada e está desaparecendo da natureza em conseqüência dos desmatamentos desenfreados, a poluição de rios e lagoas, e a ação de agrotoxicos presentes nas plantações. Veja o que diz o IBAMA sobre a criação de animais da fauna brasileira em cativeiro para finas comerciais A criação de animais da fauna brasileira em cativeiro para fins comerciais ou econômicos, previstos na Portaria IBAMA Nº 118-N e 117-N, ambas de 15/10/97. 
A criação e manutenção de animais silvestres em cativeiro para fins científicos, comerciais, educacionais e conservacionista é regulada através instrumentos legais que visam a normatização das atividades em consonância com as leis de proteção à fauna nativa. A criação com finalidade comercial é normatizada pela Portaria nº 118-N de 15/10/97, sendo a comercialização regida pela Portaria nº 117 de 15/10/97. 
A utilização da fauna silvestre exige um plano de manejo e criação baseado em pesquisa e no real conhecimento de cada espécie em foco, assegurando assim, o sucesso reprodutivo, de crescimento, econômico e conservacionista. 
A importância da vida silvestre para o homem tem-se acelerado a medida que a ciência adquire novas tecnologias em busca da melhoria da qualidade de vida das sociedades humanas. No entanto, a visão tradicional da valoração econômica aplicada aos recursos faunísticos encontra, em nossos dias, problemas de ordem ideológica defendida, principalmente, por aqueles que rejeitam a visão antropocêntrica de que a humanidade é o centro de tudo que tem valor e que as outras criaturas só têm valor enquanto nos servem. Nesse sentido, o manejo de fauna sob uma visão mais moderna leva em consideração não só argumentos econômicos, mas também, fatores relacionados à conservação da natureza. 
Nas últimas décadas, alguns criadores têm redefinido seu papel no mundo da conservação, não mais preocupando-se em simplesmente colecionar animais, mas também, de criar com fins conservacionistas. Ainda assim, alguns pontos de discussão permanecem abertos, como problemas de ordem genética e comportamental dos animais criados em cativeiro em relação ao possível sucesso diante de uma tentativa de repovoamento em uma área natural. 
Seja qual for o tipo de criação e seus objetivos, a normatização das atividades, principalmente aquelas relativas à comercialização de animais vivos, assume papel primordial por reprimir a ilegalidade, o que traduz uma prioridade, se considerarmos que tal ilícito é fator de destaque quanto ao status de ameaçado de sobrevivência para muitas espécies de nossa fauna. 
Entre as muitas espécies de interesse para a criação, destacam-se aves canoras como bicudos e curiós, altamente apreciadas pela excelente qualidade do canto, associados à sua elegância e conhecimentos já adquiridos de manejo em cativeiro. 


DICAS SOBRE SAÚDE


      Nunca lavar o alpiste ou qualquer outra semente. Mesmo depois de secada no sol ou no forno, poderemos verificar, com microscópio, a formação de fungos e bactérias que podem comprometer a saúde de seus pássaros.
      Como combater piolho: No primeiro dia, misturar 8 gotas de vinagre branco na banheira. No segundo dia 5 gotas e no terceiro até o quinto dia, 3 gotas (medida preventiva)
         STRESS: é identificado quando, ao pegar a sua gaiola, o pássaro imediatamente ele defeca. Como anti-stress recomendo a semente pirila
      Muda encruada: amassar carvão e cobrir o fundo da gaiola, até começarem a cair as penas. Existe complexo vitamínicos no mercado para esse fim.
      Muda constante: podem existir diversas causas, mas uma das principal e o excesso de vitamina A. Por isso, costumo oferecer apenas água pura, evitando a intoxicação e outros efeitos indesejados dos medicamentos “químicos”.
      Coleiro que arranca penas: normalmente as causas estão ligadas a problemas dermatológicos ou deficiências protéicas, que podem ser inibidos através de medicamentos mas, existem casos que por falta de tratamento tornam-se desvios de comportamentos,  esses são incuráveis.
      Ácaro de penas: 3 gotas de desinfetante na banheira, por 5 dias.
      Não usar medicamentos “receitados” por amigos, procure sempre um veterinário


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